Shoegaze em 2025: conheça 6 discos em destaque

Imagem em preto e branco de uma pé pisando em pedais de guitarra.

Nessa lista separamos 6 lançamentos do shoegaze em 2025. Já fazia algum tempo que não falávamos sobre tão amado gênero barulhento e sonhador por aqui. O ano ainda está começando, mas já temos alguns discos bem interessantes do gênero para compartilhar com vocês. Desde bandas mais jovens até alguns nomes conhecidos.

Ao que parece o shoegaze se manteve vivo durante essa última década. Ainda que o ‘boom’ de lançamentos e retornos inesperados tenha acontecido há alguns anos. Seja com o revival do my bloody valentine, slowdive e ride que ajudou a expandir o conhecimento sobre o gênero pelo mundo.

Glare – Sunset Funeral

Capa com nuvens do céu em tonalidades vermelhas

O Glare é uma banda de Austin, Texas, que surgiu por volta de 2017. Sunset Funeral é o disco de estreia do grupo. Ainda que ele não traga algo inovador para o gênero, é muito bem produzido, estamos falando de um disco que vai de encontro ao shoegaze contemporâneo, com boas composições que passam por momentos celestes e ora mais pesados, temos melodias bonitas e bons duetos de vocal que com certeza vão te fazer dar uma viajada. Segundo o próprio guitarrista Toni Ordaz “é música para quem não sabe falar sobre o que sente”. Se você gosta de Nothing então esse disco é pra você.

공원 [gongwon] – 01

Saindo um pouco do shoegaze tradicional, temos esse projeto que foi uma grata surpresa, gongwon é uma jovem artista sulcoreana com uma belíssima voz e que logo em seu primeiro EP traz uma mistura muito boa de shoegaze, indie rock e pop. Talvez escutando a primeira faixa você pense que se trata de uma trilha de dorama, mas nas faixas seguintes temos uma evolução com a beleza de composições que contém um contraste emocional confortante. Se você ficou curioso, existem duas sessões ao vivo no canal oficial do Youtube que mostram a performance da artista.

Swervedriver – The World’s Fair

Swervedriver é uma banda suspeita pra se falar, pois é um dos nomes mais clássicos do shoegaze. Desde a década de 90 eles já faziam uma sonoridade diferenciada, com mais elementos do rock alternativo e até do grunge. Voltaram em 2013 com um disco muito bem aceito pelos fãs e chegaram até a tocar aqui no Brasil para um bom público. The World’s Fair é um EP e foi lançado neste ano, por mais que tenha apenas 4 faixas, vale mencionar que a produção é decente e mantém o grupo com composições consistentes dentro do gênero, ficou um gosto de quero mais, talvez seja a prévia para um próximo disco.

Blurred City Lights – Dystopia

De alguns anos pra cá, estamos notando um número crescente de bandas orientais fazendo shoegaze, como é o caso do Blurred City Lights, que vem da cidade de Nagoya, no Japão. Logo no início do ano eles lançaram dois discos, Dystopia e Utopia, completando seis álbuns de estúdio até o momento. Em Dystopia eles buscam inspiração no shoegaze clássico, com bastante paredes de guitarras, melodias viajantes, alguns teclados, vocais bonitos e uma atmosfera bem indie, resgatando essa nostalgia dos anos 90 com maestria, acho que vale falar que o idioma japonês é um tempero a mais e traz uma singularidade para o som.

Eversame – LOVE ENDS FAST, AND NEVER

Fugindo um pouco da rota comum, esse quarteto vem da Bratislava, na Eslováquia. LOVE ENDS FAST, AND NEVER é o segundo disco. Com suas guitarras distorcidas, tremolos e melodias bonitas, eles conseguem uma boa fusão do shoegaze mais clássico com uma pitada de sonoridades mais pesadas que bebem da fonte do grunge e rock alternativo dos anos 90. O resultado é um trabalho bem interessante e que parece ser feito para tocar ao vivo, já que a as composições são bem enérgicas.

揺らぎ [Yuragi] – In Your Languages

Mais um belo representante do shoegaze japonês, o Yuragi surgiu em 2015 e chamou atenção com o EP de estreia Still Dreaming, Still Deafening (2018). In Your Languages é o terceiro trabalho de estúdio da banda e aprofunda ainda mais sua identidade sonora, misturando shoegaze e dream pop de forma etérea e envolvente. Os vocais suaves vão se dissolvendo lentamente entre camadas de guitarras cintilantes, criando paisagens sonoras que evocam o tempo, os sonhos, as memórias e as incertezas — temas que se fundem perfeitamente à atmosfera contemplativa do álbum.