Rebobinados indica #21: chegamos nessa edição trazendo alguns dos ótimos lançamentos que tivemos em 2021 na cena musical internacional. Todos os artistas fazem parte do Groover, se você ainda não conhece, é uma plataforma francesa que conecta artistas e mídias especializadas em música pelo mundo todo. Por um pequeno valor, você poderá enviar suas músicas para sites, jornalistas, playlists e blogs de diversos países para divulgar o seu trabalho e criar pontes com outros públicos. A novidade é que a plataforma chegou ao Brasil, para saber mais você pode acessar o instagram oficial @Grooverbrsp.
Blue Coffe – In and Out (2021)
Após a perda de um amigo em comum com quem tocavam em outras bandas, os músicos Gautier Rodriguez (vocal, guitarra), Nicolas de Bank (bateria), Sebastien Tourel (baixo) e posteriormente François Debiol (guitarra) se reuniram para discutir algumas ideias e ver onde elas os levariam. Em 2018, eles trabalharam juntos em algumas composições antigas e novas que resultaram no primeiro EP ‘Silent‘. O próximo trabalho, o segundo EP ‘In and Out‘ começou a ser gravado no mesmo período, mas devido a pandemia teve seu lançamento adiado. As nove faixas do disco passeiam pelo clima do rock alternativo dos anos 90 pós grunge de bandas como Pavement e Pearl Jam, até mesmo a produção das músicas nos trás essa nostalgia, é um disco sólido e que mostra um bom potencial.
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Barry Paquin Roberge – Exordium to Extasy (2021)
Músicas dançantes e muitas cores fazem parte de ‘Exordium to Extasy‘, o novo disco do sexteto canadense Barry Paquin Roberge. Neste trabalho a banda busca inspiração na disco music, anos 80 e psicodelia, as faixas trazem um instrumental rico e muito bem trabalhado, com grooves de baixo, muitas guitarras, sintetizadores e backing vocals, eu diria que é como se o ABBA tivesse tomado um LSD. Se você é um daqueles ouvintes saudosos então esse disco é para você, faixas como ‘Eyes on You‘, ‘Hot Stuff – Wanna Play Rough‘ e ‘Mystic Love: Exordium‘ vão te levar para uma viagem no tempo. Esse é o segundo disco lançado pela banda após o também muito bom ‘Voyage Massage‘, o grupo já se apresentou em São Paulo no incrível festival SIM São Paulo.
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Bullyheart – The Other Side (2021)
Bullyheart é o projeto de Holly Long ao lado de seus amigos David Boucher e Kevin Harper, as influências giram em torno do rock dos anos 80 e 90. Ainda que sejam uma banda relativamente nova, eles possuem dois discos de estúdio, são eles: ‘Antigravity’ (2014) e ‘Queen Mab’ (2018). O trio lançou recentemente a faixa ‘The Other Side‘ que segundo eles ‘é um hino pandêmico para se sentir bem’. A ideia para a música surgiu em meio aos sentimentos de isolamento e desesperança em 2020, um ano que pegou todos de surpresa e têm mudado a forma como enxergamos nossa vida, o resultado é um som influenciado pelo rock alternativo, com boas bases de guitarras melódicas e os vocais intensos e memoráveis de Holly Long que de alguma forma nos passam um sentimento bom e de que tudo vai ficar bem.
Marcelo Deiss – HURL (2021)
Nascido no Brasil, mas atualmente vivendo em Londres, o cantor e compositor Marcelo Deiss acaba de lançar seu novo EP HURL. O disco conta com 6 músicas onde o músico explora diversos gêneros musicais como o rock, folk e o indie. Já o tema das letras caminha com os últimos acontecimentos no mundo: notícias falsas, o distanciamento social, políticas, guerra e como todas essas ações impactam negativamente no planeta. No entanto, suas composições tem um tom positivo, sobre como sair bem de todos esses climas que mexem com as nossas vidas, é sobre enfrentar os acontecimentos e ficar bem. Um ponto interessante é que durante as letras Marcelo alterna entre o inglês e o português, colocando em prática a dualidade de culturas que soma em sua vida.
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Les fils de Joie – Véronique, Albert et Harry (2021)
Uma das bandas pioneiras da New Wave francesa, o Les fils de Joie surgiu no fim dos anos 70 influenciado pela onda do pós-punk e da new wave. A banda possui apenas duas coletâneas de músicas lançadas durante os anos em que estavam ativos, são elas: Arretê-ça c’est trop bon (1982) e Anthologie des idées noires (19860). No dia 12 de março reuniram algumas primeiras faixas gravadas para lançar no EP intitulado ‘Véronique, Albert et Harry‘, entre as 6 primeiras músicas da carreira estão ‘We’re not dancing anymore‘, única cantada em inglês e a primeira versão de um cover que fizeram para ‘Havana Affair‘ dos Ramones. Após a pandemia a banda planeja se reunir para fazer alguns shows.
Magon – Les Capsules Live Groover Obsessions à La Marbrerie (2021)
Os franceses do Magon lançaram recentemente seu primeiro disco de estúdio, o ótimo Hour After Hour é um álbum sólido e que pisa nos territórios rockeiros da década de 60, 80 e 90, onde podemos notar claras influencias de The Velvet Underground e Pixies. Algumas canções são marcadas por momentos agitados, melódicos e com riffs de guitarra simples e bonitos, spoken words e ótima produção, esses climas os colocam entre uma das bandas mais interessantes da cena atual francesa. Eu diria que são o tipo de banda que gostaríamos de ver em um fim de tarde em algum festival de rock. No último mês eles gravaram uma sessão ao vivo para o canal Les Capsules, chamada Groover Obsessions à La Marbrerie, onde apresentaram duas músicas do seu novo disco.
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Panaviscope – Love Sounds Like a Pretext (2021)
Se você gosta de uma música mais dançante, outro nome interessante é a banda suíça Panaviscope. Eles fazem um som com bastante sintetizadores e psicodelia. Em 2020 lançaram seu primeiro disco de estúdio ‘Like the Sun‘ com 12 faixas. Nos últimos meses mostraram-se bem produtivos soltando mais três músicas novas, são elas: ‘The Last Smart Person on Earth‘ com uma sonoridade synthpop, já ‘Perplexed‘ viaja mais pelas ondas psicodélicas e a mais recente ‘Love Sounds Like a Pretext’ soa como uma mistura entre disco e synthpop, uma atmosfera bem agradável e dançante. Além disso, a banda tem uma estética visual interessante e diferente de outros grupos do gênero, algo que pode ser visto em seus vídeos.
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Daisy Dream – Hills of North (2021)
O duo italiano de folk/indie rock Daisy Dream chama atenção por suas composições introspectivas e emocionantes, as músicas tem o poder de comover o ouvinte com suas boas doses de melodias bonitas e calmas. Eles fazem o tipo de música perfeito para contemplar a natureza em uma caminhada sozinho por uma manhã ensolarada. A faixa ‘Hills of North‘ é a primeira disponível nas plataformas digitais e fará parte do novo disco que será lançado oficialmente no começo de Maio sob o título ‘Volcanoes‘. Nas gravações, a banda preza pelo uso de equipamentos vintage e analógicos, o que com certeza contribui para sua sonoridade que diga-se de passagem é muito bem produzida.
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From Your Balcony – Beautiful Alone (2021)
A trilha sonora para corações quebrados e pessoas melancólicas, mas com aquela pontinha de esperança de que os dias ainda podem ser bonitos, é assim que podemos classificar as músicas dessa banda francesa. O From Your Balcony acaba de lançar seu primeiro disco de estúdio ‘Beautiful Alone‘, cheio de composições tocantes e sensíveis como na faixa ‘Above My Head’ ou cinematográficas como ‘An Old Polish Heart‘. Aqui eles misturam momentos do pop, música eletrônica e downtempo mesclando a outros mais dramáticos conduzidos pela beleza do piano. Anteriormente lançaram dois EP’s, são eles: ‘The Leaver and the Left’ (2009) e ‘The Party‘ (2018). Entre as influências musicais do grupo estão artistas como Spiritualized, Perfume Genius e James Blake.
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Friend Slash Lover – As Americans as Ones and Zeros (2021)
A banda americana Friend Slash Lover traz em seu primeiro disco de estúdio ‘As Americans as Ones and Zeros‘ bons momentos durante seus 22 minutos de duração. As músicas partem de climas mais calmos como na bonita e emocionante ‘Breaking Up‘, uma faixa com sonoridade mais voltada ao folk rock, com linhas de piano e um crescendo que vai evolui até um final mais comovente, a outros mais rockeiros como em ‘Disasteroid‘ e ‘I Brake for Guilty Consciences‘, ambas lembram algo do rock noventista, numa vibe meio Jeff Buckley, abusando mais de guitarras, sem deixar de lado outros instrumentos como piano e violão que preenchem e criam uma sonoridade bem trabalhada.
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