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Rammstein: após 10 anos retornam com sétimo disco em ótima forma

Desde o começo dos anos 90 que o Rammstein é considerado uma das melhores e mais bizarras bandas do heavy metal. Sempre muito críticos e irônicos, já foram censurados e proibidos de tocarem em alguns lugares, suas performances ao vivo são sempre cheias de grandes momentos que vão de pênis de borracha, caldeirão de fogo à mega explosões. Algumas  letras difíceis de entender ou clipes muito bem produzidos, tudo isso faz deles uma das melhores bandas do planeta.

Agora em 2019, eles retornam com seu disco homônimo, o sétimo da carreira. O primeiro single ‘Deutschland’, traz claramente uma visão do que a banda e até alguns de nós temos sobre a Alemanha. Um olhar de raiva sobre seu passado triste e sofrido, mas também o renascimento e a construção de uma nova nação. A sonoridade é uma mistura do antigo Rammstein, mais eletrônico e cheio de sintetizadores com o peso de seus discos mais atuais Reise, Reise e Rosenrot.

Em seguida, Radio, pesada, dançante e com um sintetizador marcante como na época do disco Sehnsucht. A música fala sobre a criação do rádio, com um refrão pegajoso que é praxe em grande parte das músicas da banda, e também com pitadas de críticas.

Rammstein Portugal // Comunidade oficial dos fãs de Rammstein

Zeigh Dich, traduzindo para o português “Mostre-se”, a letra é forte e faz uma crítica dura às igrejas e religiões que promovem o sagrado, mas na verdade cometem o profano. O coro em latim no início, traz um ar de novidade para a faixa, mas no geral ela se encaixaria bem em um de seus trabalhos mais recentes.

Mais uma vez os sintetizadores bem marcantes, em Aüslander temos batidas apelando para o pop, mesmo assim é uma das melhores do disco. Nas letras, Till usa o sarcasmo contra estrangeiros e cita algumas frases em diferentes línguas, como francês, italiano e inglês.

Sexo sempre fez parte dos temas das letras do Rammstein, e agora temos isso de forma bem direta. A faixa Sex, é pesada, moderna, mas não traz muita novidade, mesmo assim não deixa de ser uma boa pedida para um set ao vivo. Puppe é com certeza um dos pontos altos, aqui conseguimos sentir toda a fúria dos vocais de Till, quase alcançando um gutural.

Gosto do fato da sonoridade manter peso mesmo sem usar riffs rápidos ou pedais duplos na bateria, isso é algo que eles fazem muito bem.

Em Was Ich Liebe a banda usa mais batidas eletrônicas, o que traz uma certa inovação para o som, mas no decorrer não temos tanta novidade. Temos em Diamant uma voz/violão no estilo Rammstein, sem muitos detalhes, com cordas de fundo, servindo como ponte para a próxima faixa.

Weit Weg, aqui também não temos novidade, uma música que pode passar bem despercebida durante sua audição. Chegando ao fim do disco, Tattoo é mais um dos destaques, uma faixa pesada e enérgica, lembrando facilmente a sonoridade do disco Mutter (2000). E quem mais faria uma letra até poética sobre a tatuagem?

Quem fecha o setlist é Hallomann, e como Rammstein também é cultura, aqui aprendemos até algumas expressões de conversação como ”Hallo kleines Mädchen, wie geht es dir? / Mir geht es gut, sprich nicht zu mir”. Em Sonne, do disco Mutter, aprendemos a contar do 1 ao 10, se lembram? Brincadeiras à parte, a sonoridade de Hallomann tem um clima de final mesmo, foi uma boa escolha.

Em seu sétimo disco, a banda continua em ótima forma, misturando momentos de novidade com suas características que os fizeram uma das melhores bandas do metal, as letras são fortes e não deixam dúvidas ou enigmas, tudo é muito direto, mesmo com ótimo discos lançados após os anos 2000, o homônimo Rammstein mostra decentemente o poder do sexteto alemão.

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