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Quem indica: Lia Kapp

Bem vinda segunda-feira! Hoje temos mais uma edição do Quem indica, trazendo uma galera da música independente underground pra indicarem seus discos favoritos, mais escutados ou idolatrados. Como falamos antes, essa seção busca criar um vínculo entre artista e fã, pra matar aquela curiosidade. Hoje temos indicações da querida Lia Kapp, no final da matéria você encontra todos os links pra segui-lá nas redes sociais e escutar seus discos.

Lia Kapp

Lia Kapp é uma cantora e compositora de Curitiba, Paraná. Ela tem um disco de estúdio, o Metamorphösis (2018) e dois EP’s, Conflito (2015) e Jupiter (2019). Podemos classificar o som dela como um dark rock com influências vindas de música clássica, post-rock e doom metal. Ideal pra quem curte: Chelsea Wolfe, Emma Ruth Rundle e Lethian Dreams.

Indicações da Lia

Quem conhece o meu som, conhece só uma parte de quem eu sou. Pensando nisso, tentei escolher os meus álbuns preferidos pra mostrar o quanto eu sou eclética e escuto muita coisa diferente. Foi um pouco difícil de escolher, porque eu geralmente não sou uma ávida ouvinte de álbuns, eu sou de ficar ouvindo umas três músicas e é isso… hahaha.

Britney Spears – In The Zone (2003)

Decidi começar com esse por ser o mais distante do que faço na minha arte, mas também porque é o álbum que eu mais escuto desde que eu o conheci. Esse álbum seria o álbum mais perfeito do mundo se não tivesse a música ‘Brave New Girl’, que mais parece uma música do primeiro álbum da Britney, quando ela ainda era adolescente, mas fora isso é muito bom.

O ‘In The Zone’ é muito interessante pra mim pelas influências de hip hop e também pelos sintetizadores, como em ‘Breathe On Me’, por exemplo. O que eu acho muito legal desse álbum também é que a Britney participou ativamente da produção e entregou composições próprias, mostrando ao público mais sobre a artista que ela é. Infelizmente, depois disso a gravadora começou a podar ela e nunca mais fomos capazes de ver um trabalho tão autêntico assim…

Radiohead – OK Computer (1997)

Esse álbum é especial pra mim porque foi o primeiro álbum do Radiohead que eu escutei. Na época que eu conheci, eu tinha um celular que não dava pra baixar música, mas tinha um app que baixava vídeos do youtube, então baixei o full album e ouvia todos os dias no ônibus a caminho da faculdade de psicologia em 2015. São boas memórias.

‘Exit Music (For A Film)’ é minha preferida e acho que me influenciou muito inconscientemente no modo em que escolho os elementos pras minhas músicas. ‘No Surprises’ também é perfeita. Quase morri de chorar quando eles tocaram essas duas músicas no show de 2018 em São Paulo.

Tool – Lateralus (2001)

Eu conheci o Lateralus e o Tool no ano passado, 2019, através do meu namorado e desde a primeira audição eu fiquei bem encantada, tão encantada que até fiz um trabalho sobre ele pra uma disciplina da faculdade. O que eu mais gosto nesse álbum é que tem músicas que a fórmula de compasso muda um milhão de vezes, e eles utilizam tempos bem inusitados comparados ao famoso 4/4.

Outra característica bem marcante pra mim é a voz do vocalista, Maynard Keenan, que entrega um trabalho incrível tanto na voz limpa quanto na voz distorcida. Minha música preferida é ‘Schism’.

Labirinto & thisquietarmy Split (2013)

Esse álbum é tudo pra mim. Em 2014 eu fui por acaso num show da Labirinto no Teatro Paiol, aqui em Curitiba, e desde então me tornei muito fã deles. Esse álbum me ajudou a passar no vestibular de psicologia, sério! Eu estudava e ouvia ele num rádio dos anos 2000 que tenho até hoje, e me ajudava muito a manter a concentração.

Meu sonho, quando eu tinha a banda, era dividir o palco com o pessoal da Labirinto, e uma das melhores coisas de 2020 foi poder conhecer alguns deles pessoalmente! Eu estava bem fã girl morrendo de vergonha hahaha. Quem sabe um dia a banda volta e a gente não toca junto, né?

Chelsea Wolfe – Hiss Spun (2017)

Eu não podia deixar a Célia de fora, né? Escolhi esse porque nesse disco ela assumiu uma imagem mais ousada, que, por eu ser fã de divas pop, me conquistou bastante. Mas o que mais me agrada nesse álbum é a agressividade das guitarras, acho que combina muito com a maneira que minha mente funciona agora.

Antigamente, o meu álbum preferido dela era o ‘Pain is Beauty’ por ser mais eletrônico e melancólico, mas no momento em que estou da minha vida não sou muito mais fã de melancolia, por isso a agressividade do ‘Hiss Spun’ me representa mais. ‘The Culling’ e ‘Scrape’ são as minhas faixas preferidas.

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