Início da carreira e parcerias
A história de Poppy começa em Boston, Massachussets, lugar onde nasceu sob o nome de Moriah Rose Pereira em 01 de Janeiro de 1995, mais tarde com 15 anos decidiu seguir para Los Angeles atrás de sua carreira musical. Lá ela conhece o diretor Corey Michael Mixter, mais conhecido como Titanic Sinclair. A parceria dos dois resulta em um canal de vídeos no Youtube.
O apelido Poppy mais tarde virou seu nome artístico, e foi dado por uma amiga que costumava chamá-la assim. Seu canal ficou conhecido como That.Poppy TV, lá ela trazia vídeos inicialmente ”nonsense”. Mas que se analisados a fundo traziam uma certa crítica social, associada ao consumo e a forma como nos comportamos no mundo digital.
Entre as influências de Titanic Sinclair, estavam Tim Burton, David Lynch e Andy Warhol, embora sejam ótimas referências, as performances causaram muito estranhamento ao público. Em um deles That Poppy apenas come um algodão doce, ou repete durante dez minutos a frase ”I’m Poppy” (Eu sou a Poppy!), em outro nos ensina a carregar uma arma ou conversa com uma planta falante.
A imagem da garotinha loira, meiga e de voz infantil, trazia tom sarcásticos, sombrios e bizarros, mas foi isso o que justamente fez o canal receber milhões de visualizações. O reconhecimento veio e Poppy começou a crescer. Suas influências giram em torno da cultura J-pop e também artistas como Elvis Presley, No Doubt e Jimmy Eat World.
O primeiro disco de estúdio
A parceria dos dois começa a seguir rumos musicais, em 2015 ela assina com a Island Records e lança seu primeiro single ”Lowlife”, no ano seguinte sai seu primeiro EP intitulado Bubblebath com quatro músicas e produção de Titanic Sinclair. O disco tem uma boa recepção da crítica, que chega a compará-la ao No Doubt, devido a sua influência de pop, punk e ska.
A fase musical continua e talvez com uma das ideias mais excêntricas, batizado de 3:36 (Music to Sleep To), ela lança um disco de música ambiente com o apoio de polissonógraficos da Universidade de Medicina de Washington. O intuito do álbum é ajudar as pessoas a terem uma noite de sono completa e saudável.
Sua carreira começa a tomar mais forma com o lançamento do primeiro disco oficial Poppy.Computer lançado em 2017. A sonoridade pop comercial trouxe certa atenção para o que Poppy vinha produzindo, o que também deixou muitos fãs animados com a ideia da carreira musical.
Segundo disco e a aposta no nu-metal
Já no segundo disco, o ótimo Am I A Girl? lançado em 2018, ela traz um direcionamento um pouco diferente, aqui as músicas parecem mais bem trabalhadas, algumas faixas flertam com o lado mais pesado do rock, como em “X” e “Play Destroy” que conta com a participação da Grimes e também rendeu um burburinho devido a um desentendimento entre as duas.
Foi a partir daqui que Poppy começou a ter mais reconhecimento por sua carreira musical do que pelos vídeos gravados no Youtube, no mesmo ano ela fez uma turnê do álbum e no ano seguinte já começou a trabalhar em seu sucessor.
Antes disso, lançou um EP com algumas músicas como ”Scary Mask” em parceria com o Fever 333 e “Meat” que mostram influências do rock industrial, um som considerado mais agressivo em comparação ao primeiro disco.
Terceiro disco mais pesado, influências de rock e fim da parceria
Para promover seu terceiro e novo disco ”I Disagree”, foram lançados alguns singles como “Concrete”, que trazia a fusão do rock com algumas pitadas animadas de j-rock, que já era influencia desde o começo da carreira.
Já em “Bloodmoney”, notamos claras influências do rock industrial feito por bandas como Nine Inch Nails e Rob Zombie, notamos em suas batidas e guitarras pesadas. As bandas citadas realmente foram influencias que a artista trouxe durante o processo de composição. Em uma entrevista ela havia dito que o novo disco seria mais pesado, mas que mesmo assim não o classificaria como rock e sim pós gênero.
Além disso trouxe um visual mais obscuro, letras mais íntimas, falando de seus sentimentos e descontentamentos, claramente sobre as situações em que esteve exposta nos últimos anos devido a relações abusivas.
Mais um fato marcou seus novos caminhos, em uma carta aberta ela declarou o rompimento com o diretor Titanic Sinclair, que a acompanhava desde o início. Foram alegadas acusações de abuso, controle sobre sua arte e também por ser um romantizador do suicídio e da depressão, algo que a deixava muito desconfortável.
Em 2020, com o lançamento do disco ela excursionou pelos EUA e também algumas datas na Europa com sua nova turnê “I Disagree Tour”. Ao vivo Poppy assumiu uma performance diferente, menos artificial, diferente de seu primeiro disco, onde fazia alguns playbacks e não era acompanhada de uma banda de apoio como tem sido em seus shows atuais.
O último single lançado do álbum foi o da faixa ‘Anything Like Me’, que também ganhou um vídeo produzido por Jessy Draxler e ela. O som nos lembra algo feito por Marilyn Manson em seu famoso ‘Antichrist Superstar’, porém com algumas pitadas de algo mais pop.
No meio do ano ela surpreendeu os fãs com o lançamento oficial de um cover da dupla russa T.AT.U, o hit ‘All the Things She Said’, música que já vinha sendo tocada em suas apresentações e também ganhou vídeo clipe.
Os últimos shows aconteceram em fevereiro e renderam um ótimo público, nesse momento as turnês foram adiadas devido aos últimos acontecimentos no mundo com o surgimento da COVID-19.