Os ingleses do Paradise Lost ainda vivem o auge de sua carreira, mesmo beirando os 30 anos, Nick Holmes (vocal), Gregor Mackintosh (guitarra), Aaron Aedy (guitarra) e Steven Edmondson (baixo) parecem ter uma fórmula certa de como manter um line-up consistente e até mesmo de como gravar discos de qualidade.
É inevitável mencionar o quão importante os discos Gothic (1991) e Draconian Times (1995) são para o metal, se no início a banda era rotulada como um Metallica do death metal, hoje são vistos como os mestres de um estilo que as vezes causa um pouco de confusão nos headbangers, afinal esse tal Gothic Metal que se fala é muitas vezes comparado apenas a bandas como Tristania e Nightwish.
Na verdade, ele começou com uma fusão entre o doom metal, o rock dos anos 80 e a música clássica, gêneros que vieram na música do Paradise Lost desde o início de sua carreira, a própria Gothic já tinha vocais femininos e algumas passagens clássicas.
A banda foi cada vez mais se afastando da música extrema nos próximo discos, se em Shades of God (1992) Nick ainda continuava com seus vocais agressivos, por outro lado, as músicas começavam a trazer mais riffs melancólicos, sonoridade essa que se consolidou no disco Icon (1993), que começa a deixar os guturais de lado e traz um vocal mais arrastado e rasgado, sendo comparado ao de James Hetfield.
Assim como um bom vinho, o Paradise Lost foi envelhecendo e ficando melhor, em 1995 lançam Draconian Times, provavelmente o melhor de sua carreira e o favorito de muitos fãs, aqui eles são fortemente rotulados como Gothic Metal, pelo uso de pianos, teclados e riffs mais sombrios e melancólicos.
Os próximos anos foram de experimentação, One Second e Host são os discos mais diferentes de toda a discografia, alguns fãs torcem o nariz, outros amam e até consideram como um dos melhores da carreira. One Second passa a deixar o peso de lado e caminha em um som com sintetizadores, pianos e cordas, um disco mais rock comparado com os anteriores, mas que mesmo assim trouxe músicas que são tocadas pela banda até hoje, como a própria faixa título e Say Just Words.
Em 1999, o velho Paradise Lost está definitivamente morto e dá luz a um som totalmente influenciado por Depeche Mode, com abuso de batidas eletrônicas, guitarras e sintetizadores, e Nick se aventurando em um vocal mais pop, até as roupas pretas e os cabelos compridos e bagunçados deram lugar a um visual mais moderno, quem diria, roupa colorida e cabelo arrepiado?
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Believe in Nothing, é um disco ponte e tenta retomar aos poucos a sonoridade antiga, porém sem tanto sucesso, o álbum é rejeitado pela própria banda, mesmo tendo ótimas músicas como os hits Mouth, I Am Nothing e Fader.
Em Symbol of Life as coisas vão se encaminhando entre um som um pouco mais pesado e moderno, um ótimo disco, que de quebra trouxe dois covers maravilhosos de Xavier (Dead Can Dance) e Smalltown Boy (Bronski Beat).
Em 2005 sai o auto intitulado Paradise Lost, que seria mais um ”Symbol of Life 2.0”, foi a partir do disco In Requiem (2007) que definitivamente a música extrema tomou conta das composições que ficaram até mais sombrias, com certeza um dos melhores da era atual.
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Com a bela recepção do disco e uma grande turnê que passou até por São Paulo em 2008, a banda continuou firme, lançando o aguardado Faith Divides Us – Death Unite Us (2009) que continua o legado do antecessor e trouxe mais esperanças de que sua música voltasse a forma dos anos 90, essa fase Gothic Metal perdura até o próximo álbum Tragic Idol (2012), que acaba sendo mais uma continuação.
Eis que em 2015 o décimo quarto disco The Plague Within volta às origens e traz um som mais cadenciado, pesado e também com guturais, para a alegria dos saudosistas dos primeiros discos. No Hope in Sight é uma das mais adoradas pelos fãs, pois traz justamente aquela mescla de riffs melancólicos, peso e vocais alterando entre agressividade e algo mais soturno. Na turnê do disco, músicas do início da carreira são tocadas ao vivo, como Gothic, Embers Fire, True Belief e até Eternal.
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Pra continuar essa saudosa era, a banda lança o seu décimo quinto disco intitulado Medusa, ele pode ser considerado uma mistura entre o passado e presente, as músicas From the Gallows e Blood and Chaos são destaque e vem sendo apresentadas nos shows, com um som pesado e cheio de belos riffs e Nick mostrando boa forma ao entonar seus vocais maléficos. Em 2018 os discos Host e Believe in Nothing foram remasterizados, e a banda voltou a tocar músicas como Mouth, Forever Failure e Hallowed Land.
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A última passagem em nosso país foi em 2015 no Epic Metal Fest, festival idealizado por membros da banda holandesa Epica que aconteceu em São Paulo na Audio Club, produzido também pela Overload e contou com Finntroll, The Ocean, Tuatha de Dannan, Xandria e o próprio Epica. Agora eles voltam para dois shows em nosso país, dia 31/08 no Teatro Rival BR no Rio de Janeiro, dia 01/09 no Carioca Club de São Paulo e finalizando dia 02/09 no Bar da Montanha em Limeira.
Overload orgulhosamente apresenta: Paradise Lost em São Paulo
Data: 01/09/2018 (Sábado)
Local: Carioca Club
Endereço: Rua Cardeal Arcoverde, 2899 -Pinheiros (próximo ao metrô Faria Lima)
Abertura da casa: 17h30
Início do show: 19h00
Classificação etária: 16 anos
14 e 15 anos: entrada permitida com responsável legal, mediante apresentação de documento
INGRESSOS:
Pista meia ou promocional – : R$ 120,00*
Camarote meia ou promocional – R$ 180,00*
*O ingresso promocional antecipado é válido mediante a entrega de 1 kg de alimento não-perecível na entrada do evento.
Pontos de venda:
Carioca Club – Rua Cardeal Arcoverde, 2899 – Pinheiros
– Segunda/sábado: 12h00 às 20h00
– Sem taxa de conveniência
– Pagamento apenas em dinheiro
VENDA ONLINE
Clube do Ingresso – www.clubedoingresso.com
– Com taxa de conveniência
– Pagamento em cartão de crédito ou boleto
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