Melhores discos nacionais de 2020

melhores discos nacionais

Chegou o momento listinhas de fim de ano! E hoje trouxemos nossa lista de melhores discos nacionais de 2020.

Acho que nem precisamos falar mais sobre 2020 né, já deu, conseguimos chegar ao fim dele, se a sanidade tá 100% é outra história, mas chegamos.

Queremos agradecer aos que acompanham o blog, que mandaram músicas, releases, e também nos desculparmos se alguém ficou sem resposta, foi tudo muito louco e não conseguimos dar conta, somos apenas duas pessoas e um colaborador que escrevem sobre as músicas que gostam.

Por fim, aqui vão nossos discos favoritos, vale lembrar que é nossa opinião pessoal, são os que mais escutamos durante o ano. Isso mostra também o quanto de música boa nosso Brasil tem, acho que essa lista sintetiza bem isso, escutem e apoiem os artistas e bandas nacionais!

Mahmundi – Mundo Novo

Em seu terceiro disco, a cantora e compositora carioca Mahmundi faz um trabalho que dialoga bastante com os tempos de isolamento, a conexão por meios tecnológicos e os sentimentos envolvidos nisso. A sonoridade se distancia um pouco dos discos anteriores, então aqui não rola tanto aquele flerte com o eletrônico indie, na verdade, temos a presença de instrumentos mais orgânicos, e acredito que isso é o que mantém um clima leve e gostoso de se ouvir. Faixas favoritas:Nova Tv‘ e ‘Vai‘.

Taco de Golfe – Nó Sem Ponto II

Já tinha ouvido falar muito bem dessa banda, e aí fiquei curioso com esse lançamento e fui correndo ouvir. É um disco de rock instrumental bem feito, dinâmico, tem ótimos solos, melodias bonitas, não é aquele disco que você põe pra escutar e ficando penando. Ele é interessante, bonito e tudo bem redondinho, posso dizer facilmente que são uma das melhores bandas do gênero. Faixas favoritas: ‘Grade Grade’ e ‘Cortes’.

Suco de Lúcuma – Quase Azul

O que me fez querer ouvir essa banda foi o nome, inclusive eu não sabia que lúcuma é uma fruta, vivendo e aprendendo. Esse ano eles lançaram um disco duplo que foi separado em ‘Quase Azul‘ e ‘Quase Rosa‘. As músicas transitam por melodias psicodélicas e do neo soul alinhadas a um visual surrealista, destaco o disco ‘Quase Azul‘ como favorito, nele as composições se derretem em nossos ouvidos, criando até mesmo uma dimensão paralela como na faixa ‘Belém‘, uma das mais gostosas que ouvi esse ano. Faixas favoritas: ‘Nada no Ar’ e ‘Belém’.

Wagner Almeida – Campeão da Avenida

Campeão da Avenida é o terceiro álbum do Wagner Almeida, esse álbum nos leva a uma jornada cheia de emoções, ora com canções mais animadas que seriam uma boa pedida para as performances ao vivo, ora com canções introspectivas, repletas de melancolia e reflexão. Um pouco de shoegaze, ambientalismo, muita honestidade e verdade nas letras, riffs melódicos e vários dilemas que essa geração se encontra. Uma excelente pedida pra quem gosta de slowcore, folk, emo folk e lo-fi. Faixas favoritas: ‘Piloto Automático’, ‘Acordar’ e ‘Afogar’.

Institution – Ruptura do Visível

Ruptura do Visível é o segundo disco do Institution, e o que podemos destacar são as composições em português que acabam criando uma conexão melhor com o ouvinte. Aqui eles escancaram de forma poética as injustiças, questões sociais e a política podre que assombra o nosso país. O som intenso e pesado é um verdadeiro tapa na cara e definitivamente crava a importância de se discutir esses temas na música. Faixas favoritas: ‘Memória Falha’ e ‘Metástase’.

Vivian Kuczynski – N ENTENDI ND

O novo EP da Vivian Kuczynski foi uma grata surpresa, aqui ela pisa em territórios desconhecidos, sai de sua zona de conforto, se é que podemos falar isso, e aposta em um som eletrônico mais desconstruído, com algumas quebras abruptas durante as batidas frenéticas e os vocais cheios de efeitos e camadas. Esse tipo de música ainda não é muito explorado por aqui, e acaba sendo um plus a mais, muito bom saber que tem artistas criando algo fora da caixinha. Faixas favoritas: ‘PELE’ e ‘N ENTENDI ND’.

Letrux – Letrux Aos Prantos

Já tem muita gente falando isso por aí, mas é incrível como nesse disco a Letícia parece prever os tempos sombrios que viriam. Ela é uma das artistas mais interessantes da música nacional, muito expressiva, interpreta suas músicas de forma intensa, traz ótimas referências de música e literatura, e além disso consegue escrever letras que vão de momentos cômicos aos mais trágicos. Esse disco é ótimo, e com certeza é um dos shows que mal posso esperar pra ver em 2021, vem vacina! Faixas favoritas: ‘Contanto Até Que’ e ‘Eu Estou Aos Prantos’.

Julico – Ikê Maré

Esse disco pode ser considerado uma pérola desse ano, já conseguimos imaginar ele daqui uns 20 anos sendo citado como uma obra prima da música nacional, digo isso porque infelizmente as pessoas demoram pra dar atenção a certos artistas. Ikê Maré tem uma identidade incrível e avassaladora, ele traz uma conexão imagética forte com a natureza, rios, lagos e mangues, é sentimental e faz tão bonito diante de seu instrumental com ritmos brasileiros, guitarras cheias de fuzz e as ótimas letras de Júlio. Faixas favoritas: ‘Nuvens Negras’ e ‘Pelejamor‘.

ÀIYÉ – Gratitrevas

Em Gratitrevas, Larissa Conforto traz um trabalho bonito e sofisticado, no bom sentido. Fica visível seu renascer, explorando sons e temáticas, ela consegue uma sonoridade bem produzida, que funciona e conecta vários sons, indo desde as percussões africanas, samba, funk ao trip hop. Além disso, interpreta lindamente as composições com sua bela voz, mais um show que estamos ansiosos pra ver ao vivo. Faixas favoritas: ‘Pulmão’ e ‘Terreiro’.

Luedji Luna – Bom Mesmo é Estar Debaixo D’água

Luedji Luna nos presenteou com um disco potente. Esse é seu segundo trabalho e busca força e inspiração nas raízes africanas, algo que fica explícito em sua identidade visual e musical. Para isso, as gravações aconteceram em países diferentes como Quênia, Madagascar e Burundi, e contou com participações de músicos locais, além de nomes conhecidos como a autora Conceição Evaristo e a poeta e slammer Tatiana Nascimento. Faixas favoritas: ‘Lençóis’ e ‘Bom Mesmo é Estar Debaixo D’água’.

Jup do Bairro – Corpo Sem Juízo

A estréia de Jup do Bairro veio com o EP Corpo Sem Juízo, aqui ela assume o projeto, cria sua identidade, traz vivências, dores e amores. Musicalmente surpreende ao experimentar com vários estilos diferentes, do funk de ‘All You Need Is Love’ ao rock/metal de ‘Pelo Amor de Deise’ e o eletrônico mais experimental de ‘Transgressão’, mostrando sua versatilidade como artista e a potência de suas performances tão necessárias. Faixas favoritas: ‘All You Need Is Love’ e ‘O Corre’.

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