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Fogo Caminha Comigo lança disco de estréia influenciado por livro de Franz Kafka

Formada em Curitiba no ano de 2018, a Fogo Caminha Comigo conta com Rawph Rodrigues (Guitarra/Vocal), Richardyson Marafon (Guitarra/Vocal), Rômulo Dea (bateria) e Julio Donato (baixo). Suas músicas trazem influencias vindas do emo, dream pop e shoegaze.

Pra antecipar os preparativos para o novo álbum que sai dia 29 de agosto, foram liberados dois singles, são eles ‘Capablanca’ e ‘2015’, faixas que estarão no disco que recebeu o belo título de ‘O Lamentoso cair de pétalas dança dentro da primavera de minha cabeça’. A ideia vem de uma passagem do livro ‘Cartas a Milena’ de Franz Kafka publicado em 1952.

O disco lançado pelo selo NapNap Records foi gravado ao vivo no Estúdio Sabine em junho de 2019, e foi produzido, mixado e masterizado por Michael Wilseque, a capa foi feito por Nicole Gonçalves.


Vocês poderiam nos contar como a banda começou e sobre a escolha do nome ‘Fogo Caminha Comigo’?

Começamos tocando juntos com projeto do Rawph. Com o passar do tempo, compondo novas músicas juntos, resolvemos assumir a banda como nosso role.
A escolha do nome veio do filme da Laura Palmer, parte da série Twin Peaks. A gente queria alguma coisa forte e que fizesse sentido pra nós, nisso vimos que não havia banda com esse nome e tratei de salvar no bandcamp.

Como surgiu a influência do livro do Franz Kafka no conceito do disco?

O nome do disco foi tirado de um trecho de Cartas a Milena. É uma leitura rápida/densa que te apresenta de Franz Kafka toda sua sensibilidade, apreensão, angústia e amor. Sinto que isso seja sincero o bastante! Enxergo o mundo de Kafka de um modo em que as coisas precisam mudar drasticamente pra se tornarem memoráveis.

O que vocês podem nos contar sobre o disco, como o definiriam?

Nos baseamos em algumas bandas dos anos 70 que gravavam ao vivo, foi assim que gravamos esse disco. Buscávamos trazer a maior naturalidade possível, afim de que nossos shows não soassem de uma forma tão diferente do disco em si. E entendemos que seria a melhor forma de conseguir representar nossas emoções para o/a ouvinte.

Se vocês pudessem escolher apenas uma música dele para estar em um filme, qual seria e por quê?

Sempre encaro algumas músicas de viagem, de estrar na estrada. Essa música em questão me descreve um carro andando solitariamente numa rodovia, fim de tarde quase noite. Há alguns momentos de clareza e escuridão nessa faixa, que eu a associo assim.

Estamos vivendo tempos obscuros na política, isso impacta a banda de alguma forma ou é algo que vocês preferem não incorporar nas músicas?

Impacta sim, é inevitável infelizmente ficar apar do contexto político que estamos. A faixa 2015 mesmo, foi feita sobre um ano muito conturbado pra todo mundo, teve o impeachment e toda aquela agitação vestida de verde e amarelo nas ruas.

Outra vez, tocamos juntos com o Early Morning Sky no dia das eleições do primeiro turno. Fomos tocar com os resultados saindo e o desespero quase tomou conta. Mas, estávamos entre amigos e isso ajudou muito. Ter banda nesses momentos é uma válvula de escape pra cada notícia ruim que vem até nós diariamente.

Quais são os planos após o lançamento, algum clipe em vista, em quais cidades vocês gostariam de tocar?

Nossos planos de pegar a estrada existem sim. Devemos ir pra São Paulo, Maringá, Londrina, Ponta Grossa, e passar por algumas cidades de Santa Catarina. Gostaríamos de passar por mais cidades, porém, todos trabalhamos bastante e no final de semana, precisamos nos organizar melhor. Acredito que deve sair mais algum clipe… piramos em fazer lives tocando o disco cheio, é algo que deve ser feito também.

Deixem alguma mensagem para os fãs.

Façam bandas com seus amigos e amigas, antes de se verem como banda lembrem-se sempre de sua amizade em primeiro lugar.

Ouça o disco na íntegra:

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