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Rebobinados entrevista: Vinícius Mendes do selo Pessoa que Voa

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Por Tatyane Oliveira

Essa semana rolou um bate papo com um dos idealizadores e representantes do selo paulista independente Pessoa Que Voa, o Vinícius Mendes. Cantor e compositor paulista, seus trabalhos são o EP Pyro (2015), os álbuns Home Is_____(2016) e Mercúrio (2017), e também o EP Cisma (2016) com LVCASU.

O selo, formado no início deste ano, já produziu shows com Jair Naves, Vitor Brauer e Jonanathan Tadeu além das bandas do casting que são: Calvin Voichicoski, eliminadorzinho, LVCASU, Marchioretto, Quasar, Theuzitz e Vinicius Mendes.
Os próximos lançamentos do selo são, respectivamente, no dia 12 e 26 desse mês os discos da Quasar – Coruja e Eliminadorzinho – Aniquiladorzinho. Fiquem ligados!

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1) Por que vocês criaram o selo? E vocês planejaram que ele estaria como está hoje ou a vida tomou outro rumo?

Acho que a Pessoa que Voa veio de uma vontade nossa de cuidar das nossas coisas de uma maneira mais eficaz e prática, de ajudar nossas amigas e amigos a gravar e divulgar, e de organizar nossos eventos nos lugares que queríamos, tudo sem tanto telefone sem fio. Hoje funcionamos de uma maneira bem horizontal, todos se ajudam e dão opinião nas primeiras mix das músicas, na arte dos discos, e em questões do selo em si. Antes era só eu, o Lucas, o Theuzitz e o Nickolas, agora temos a ajuda do Guilherme França e de todos os artistas do nosso casting. Acho que isso é uma parte muito importante do que somos.

2) Qual o maior perrengue que vocês já passaram e o que deixa vocês mais felizes nessa vida de artista?

Em relação ao selo, acho que organizar um evento é um perrengue em si, porque sempre alguma coisa dá errada e só se resolve nos momentos finais, mas acho que estamos aprendendo a contornar esses problemas pouco a pouco. Não somos produtores culturais, então não temos toda a bagagem que um tem, mas a cada evento aprendemos um pouco. O que me deixa mais feliz como artista é receber uma mensagem de alguém dizendo o quanto certo álbum foi importante, que teve um impacto em sua vida, ou simplesmente conversar sobre de onde veio tal música. Isso me deixa muito realizado, e já me fez continuar diversas vezes.

3) O que vocês fazem para se sentirem inspirados?

Não sei os outros meninos, mas eu gosto bastante de pesquisar sobre certo tema e criar um conceito em cima daquilo. “Mercúrio” todo foi escrito assim, em especial “Corpo Incorrupto”. Hoje tento escrever menos sobre a minha vida e mais sobre eu, como personagem, inserido num mundo.

4) Top 3 discos favoritos:

“Sam’s Town”, The Killers
“Ys”, Joanna Newsom
“Blonde”, Frank Ocean

5) Quais são seus filmes preferidos?

Então, não gosto muito de assistir filme nem série, mas entre meus favoritos estão “Cães de Aluguel”, “Filhos da Esperança” e qualquer um do Leslie Nielsen.

6) Quais os planos de lançamentos e shows desse ano que vocês podem revelar pra gente?

Agora em setembro, vamos lançar o “Coruja” da Quasar (dia 12) e o “aniquiladorzinho” da eliminadorzinho (dia 26). Daqui pra frente tem o disco do Marchioretto, um EP de um artista novo, e uma novidade que estamos preparando todos juntos. Show vai ter de monte, sábado agora toco na Sensorial Discos e dia 16 tem eliminadorzinho com a In Venus, Enema Noise, Leianes e Victrre. Temos coisa agendada no nosso calendário até o ano que vem.

7) E o que vocês esperam pro selo daqui uns 5 anos?

Esperamos estar ajudando ainda as pessoas que admiramos, mais do que conseguimos ajudar hoje.

8) Tem algum artista nacional que vocês admiram?

Admiro muito o Santos. Gosto muito das composições dele, do jeito que ele fala muito com pouco, com uma coesão que eu sempre quis ter. Ele tem diversos projetos e caminha muito bem por todos eles. Quando fomos pro Rio, ele que nos convidou pra tocar na 57 Casa Aberta e foi muito bonito, conhecemos gente nova e nos sentimos em casa.

9) Qual o melhor show que vocês produziram até agora?

Gostei muito do que fizemos com o Jair Naves, junto com o Theuzitz. Foram dois shows lindos, acho que todos precisam ver o Theuzitz ao vivo. O Jair tem uma presença, uma postura ao tocar que me deixou bobo por dias.

10) O que vocês acham que falta ou o que pode melhorar no rolê de músicas independentes do país?

Acho que todos nós podemos ser mais profissionais e coordenados. Os selos, produtores, casas e bandas não se conversam o bastante, e coisas que deviam ser simples acabam se complicando. Tem dia que tem show de três bandas importantes do independente nacional num raio de 20 quilômetros. Um engole o outro sem nem perceber.

NOS LINKS ABAIXO VOCÊ PODE ENCONTRAR MAIS SOBRE O SELO:

Bandcamp | Facebook | Youtube

E pra quem gosta de playlist, aqui vai uma que fiz com algumas músicas disponíveis no spotify: