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Drab Majesty apresenta seu som gótico nostálgico em São Paulo

O Drab Majesty foi formado em 2011 em Los Angeles, Califórnia, por Andrew Clinco, que anteriormente foi baterista do Marriages, banda de post-rock que conta também com Emma Ruth Rundle.

Nesse projeto Andrew encarna seu alter ego Deb DeMure, um personagem andrógino com um visual meio gótico futurista, e assim também caminha a proposta da sonoridade que traz batidas dançantes e típicas do New Wave dos anos 80, acompanhadas das guitarras nostálgicas do Shoegaze e Post-punk.

O primeiro disco do Drab Majesty, Careless foi lançado em 2015, assim que assinaram com a gravadora Dias Records, logo receberam grande atenção por parte das mídias e fãs desse tipo de música, antes disso apenas uma fita cassete intitulada Unarian Dances havia sido lançada com apenas 100 cópias distribuídas, quando ainda faziam parte da gravadora Lolipop Records.

Ainda em 2016, saíram em turnê com as bandas Charnier e True Widow pelos EUA, além de tocarem também com o grande Clan Of Xymox. Já em 2017, a turnê continuou a todo vapor dessa vez ao lado do Cold Cave e King Dude, para o lançamento do segundo disco The Demonstration, esse que alavancou mais a carreira da banda internacionalmente.

Em 2018 continuaram com uma série de shows pelo mundo divulgando o recente disco e felizmente e para a surpresa dos fãs, foi fechada uma turnê na América do Sul, que passou por Colômbia, Peru, Chile, Argentina e Brasil.

Os responsáveis pela vinda do Drab Majesty ao nosso país foram a produtora Casa del Puente Discos e o conhecido Madame Club, onde foi realizado o show no domingo dia 10 de junho ao lado também das bandas Fronte Violeta, Anvil FX, Altocamet e Acavernus.

Inicialmente a entrada estava programada para 20h00, em um domingo tranquilo onde a temperatura estava amena e não foi desculpa para ficar em casa, ainda mais com um ingresso a R$30 reais, um preço desses nos dias de hoje é valioso.

Pois bem, a fila já estava grande em frente a casa, o que de certa forma já deixou muitos ansiosos por conta do atraso, mais ou menos às 20h40 a entrada foi liberada (lembrando que 21h00 era o início do show da segunda banda da noite).

Fronte Violeta

Ao entrar, o lounge estava bloqueado para a organização dos shows principais, então caí direto no porão, onde ocorreria o primeiro show da noite com o Fronte Violeta, projeto de Carla Boregas (Rakta) e Anelena. Pouco depois das 21h a apresentação começou enquanto muitos ainda entravam na casa, a sonoridade da dupla é um noise industrial bem caótico e às vezes dançante, a apresentação durou cera de 30 minutos.

Em seguida, uma pausa de pouco mais de 30 minutos, a pista de dança foi liberada e algumas pessoas (inclusive eu) dançaram ao som de The Sisters Of Mercy, The Mission entre outros.

Q+A: Anvil FX - Features - Mixmag BrasilAnvil FX (Biba, Juliana R e Paulo Beto)

A próxima banda da noite era o Anvil FX, nesse momento havia ainda uma banda argentina chamada Altocamet que se apresentaria no palco principal, no lounge da casa, pois bem, a minha vontade em assistir o Anvil FX era maior então fiquei por ali mesmo.

O público tímido foi chegando aos poucos, mas encheu bem o local, enquanto isso se não me engano, a banda argentina já estava se apresentando simultaneamente. Para a minha surpresa o público ali embaixo era de respeito, e diga-se de passagem que o trio formado por Biba (vocal), Paulo Beto (sintetizadores) e Juliana R (sintetizador) fez uma ótima apresentação.

A galera dançou e enlouqueceu em seu som influenciado por post-punk e minimal synth, além de músicas do último disco Prova de Biologia (2015), rolou um tributo maravilhoso de Discipline do Throbbing Gristle.

Pouco antes do show acabar eu resolvi subir para ver o que estava rolando, afinal faltavam poucos minutos para as 23h00 e o Drab Majesty ainda não tinha entrado no palco (aliás nem teve palco, o que prejudicou totalmente a visão de todos que tentavam achar um lugar melhor para ver a banda).

Drab Majesty entrou por volta de 23h10, e eu sinceramente não conseguia ver nada, apenas cabeças e celulares mirados, muita fumaça e um ambiente quente. Eis que abriram o set com a conhecida Dot in the Sky, a empolgação do público não foi muito calorosa, talvez porque muitos não conheciam ou porque não estavam afim devido as condições em que o show estava sendo realizado.

Drab Majesty Too Soon To Tell live In São Paulo Club Madame 2018 ...(Drab Majesty ao vivo no Madame em São Paulo)

Em seguida rolaram ainda 39 by Design e Kissing the Ground do disco The Demonstration, a visão ainda era horrível, o som também, muita fumaça, muito calor, pessoas subindo nos sofás e em todas as partes para tentar ter uma visão melhor. Em seguida, deram início a minha música favorita, Unknown to the I, do primeiro disco Careless.

Foi triste assistir a apresentação naquelas condições, consegui ficar apenas um pouco mais perto pois algumas pessoas estavam desistindo e indo para o fundo da pista. Naquele momento eu estava torcendo para que desse tempo de assistir o show completo, rolaram ainda Y.K.E.D.A e Cold Souls, além de um interlude que a banda costuma fazer entre algumas músicas.

Felizmente a próxima era Too Soon To Tell, eu estava um pouco mais perto e assim que a música acabou já eram 23h50, tive que sair às presas, mesmo faltando ainda cerca de três músicas para fechar o set. Vale lembrar que ainda faltava a apresentação do Acavernus projeto solo da Paula Rebellato (Rakta) e sabe-se lá que horas começou.

Infelizmente tive que correr para a estação de metrô como um bom paulistano que mora na pqp. Concluindo, a produção pecou e muito na organização, nenhum horário foi seguido e bloquear o lounge principal só atrapalhou a circulação pela casa. Ouvi alguns relatos de pessoas que tiveram prejuízo ao depender de Táxi e Uber para voltar pra casa devido ao horário.

Setlist Drab Majesty:

01. Dot in the Sky
02. 39 by Design
03. Kissing the Ground
04. Unknown to the I
05. Y.K.E.D.A
06. Cold Souls
07. Too Soon To Tell
08. Hallow
09. The Foyer
10. Not Just A Name

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