A cena indie brasileira é um campo fértil de ótimos artistas, e os nomes que vemos hoje representam muito bem os rumos que a nossa música vem tomando, alguns buscando inspirações no passado, outros se arriscando em algo inédito e criativo.
Hoje vamos falar de Dani Bessa, ele é um desses nomes e vem mostrando potencial com suas músicas. Cantor e compositor nascido e criado na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, Dani tem suas influências musicais calcadas no indie brasileiro e no rock alternativo. Em 2019, ele surgiu com sua primeira música, a sentimental ‘Kiss Me Every Time You See Me‘.
No ano seguinte e apostando em composições também em português, ele lançou seu segundo hit ‘Se Você Tivesse Dito Sim‘, a música de clima gostoso e refrão grudento, teve ótima visibilidade nas plataformas digitais, chegando a mais de 22 mil reproduções, ale´m disso, fez parte da playlist oficial Indie Brasil no Spotify.
O músico procura criar conexões de proximidade com o ouvinte, trazendo letras que retratam seus sentimentos e experiênciais pessoais íntimas cantados de forma habitual. Foi dessa forma que ele trabalhou em seu próximo single, a música ‘Passional‘, lançada no final de 2020.
Desenhando uma mistura de ritmos entre o rock britânico, ska e música latina, ‘Passional‘ fala de alguém movido por uma paixão intensa, de pensamentos conflitantes e individuais, no entanto, essa pessoa mais tarde se aceita do jeito que é. A música traz duas atmosferas distintas, seu começo leve e praiano, claras influências do ska, termina em um instrumental mais intenso do rock.
Dani Bessa nos contou um pouco sobre o processo de composição dessas músicas, como foi trabalhar durante a pandemia e quais são os próximos passos para o futuro, veja abaixo:
Vamos começar falando sobre sua carreira na música, você já fez parte de alguma outra banda ou projeto, ou essa é sua estréia já em carreira solo?
Entrei numa banda de rock de 2012 até 2016, era vocalista e guitarrista. Costumávamos tocar bastante covers e tinha pouco espaço pra músicas autorais, esse foi um dos motivos da minha saída. Fiquei oscilando bastante sobre querer voltar à ativa na música e decidi seguir carreira solo em 2019. Desde então, estou mais empolgado que nunca.
Quais coisas te motivaram a começar a compor música e quais foram os desafios que você encontrou ao ser um músico independente?
Tocar guitarra sempre me fez sentir melhor em momentos de bad. Normalmente quando estou passando por alguma situação complicada (ansiedade, insegurança, etc), gosto de compor como uma forma de extravasar e tudo.
Pra mim, a maior dificuldade como músico independente é desempenhar praticamente todas as funções nesse início. A gente não pode ficar preocupado só com compor e tocar a música, precisa fazer com que ela chegue pras pessoas, precisa ver a estratégia de marketing que vai usar, produzir conteúdo freneticamente pra sustentar o algoritmo, essas coisas. Isso é bem difícil de fazer, ainda mais quando se é um artista solo em início de carreira.
Nos seus três singles lançados até agora, ouvimos diferentes estilos musicais, ska, música latina, rock. Quais são as suas inspirações musicais?
Pois é! Bom, minhas referências principais são Tim Maia, O Terno, Boogarins, Terno Rei, Mac DeMarco, Arctic Monkeys, Strokes, Oasis, e por aí vai (acho que falei um monte, né?). Ultimamente ando ouvindo bastante Lô Borges também, ele foi uma das inspirações pro último álbum do Arctic Monkeys, achei isso incrível quando descobri.
Quais outras inspirações fora da música você busca trazer para suas composições?
Costumo compor sobre aquilo que acredito, tentando passar a minha verdade, nua e crua, usando expressões do dia a dia mesmo. Em algumas letras falo bastante sobre relacionamentos também, mas estou querendo sair um pouco desse clichê e explorar outros assuntos em composições futuras. Resumindo: componho mais quando estou passando por momentos de ansiedade ou insegurança, é minha forma de botar pra fora no momento.
Estamos em um cenário caótico de pandêmia, mas minimamente artistas estão conseguindo encaminhar seus projetos, quais são seus planos para 2021, novas músicas, vídeos?
A pandemia mexeu com todo mundo e ainda está muito difícil processar tudo que vem acontecendo. Em 2021 vou dar continuidade ao projeto que comecei ano passado (eu e meu produtor ainda não decidimos se será no formato EP ou álbum), pretendo lançar mais singles e atualizar as redes sociais com mais frequência. Espero atrai mais gente pra ouvir meu som!
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