Dia 16/09/17 acontece o Overload Music Fest, carinhosamente apelidado por OMF, em Pinheiros – SP no Carioca Club. O festival está em sua 4ª edição e esse ano contamos com nomes como: John Haughm (ex Agalloch e atual Pillorian), Les Discrets, Enslaved e Sólstafir.
O OMF é um festival que busca trazer bandas do cenário “underground” do metal e suas vertentes, bandas que grandes produtoras geralmente não apostariam e que tem um nicho de fãs relativamente menor. A produtora Overload constamentemente traz alguns grandes nomes como Anathema, Opeth, Blind Guardian, Pain of Salvation, Symphony X e Epica.
A proposta do festival é extremamente bacana, diferente dos outros megafestivais que estamos acostumados, com um clima mais intimista, mais tranquilo, um ambiente bem agradável que nos permite curtir nossas bandas queridas e também conhecer artistas novos. Inclusive foi por meio do festival (e de grupos do facebook e amigos em comum) que eu, Tatyane, conheci o Fábio. E que conheci outros tantos amigos e bandas incríveis.
2014 – A estréia
Assim que a produtora Overload anunciou seu primeiro festival, prontamente as pessoas foram fazer seus pedidos de bandas. E eis que a internet foi a loucura com o cast da primeira edição do Overload Music Fest, que trazia nada menos que Labirinto, Fates Warning, Swallow the Sun, Alcest e God Is An Astronaut. Quando imaginaríamos um festival com essas bandas juntas em nosso país?
Pois bem, foram cerca de 9 horas de música, um formato um tanto exaustivo já que os shows aconteciam durante a noite/madrugada. Havia merchandising das bandas, e uma grata surpresa para todos os fãs com certeza foi o fato de todos os integrantes do Alcest irem assistir ao show do God Is An Astronaut ali na pista com os fãs. Simpáticos e atenciosos deram autógrafos, tiraram fotos e conversaram com grande parte dos que estavam ali.
Tive oportunidade de conhecê-los no backstage e o Stéphane (Neige) me disse ”estou muito feliz por estar aqui e mal posso esperar para voltar”. Nesse mesmo dia tive a oportunidade de conhecer pessoas de vários estados, pessoas que se tornaram amigos e que mantenho contato até hoje, essa foi a grata experiência de participar de um evento desse, assistir o show de uma das minhas bandas favoritas (Alcest) e fazer amizades com pessoas de todos os lugares.
2015 – Continuando com o sucesso
A primeira edição que eu (Tatyane) participei foi a 2015, eu fui especialmente por Anathema. Mas Anathema era a última banda da noite do primeiro dia e eu não conhecia ninguém no festival, não conhecia as outras bandas e artistas que iriam tocar. Pensei que iria ficar extremamente entediada nesse dia, e eu não poderia estar mais enganada.
Foi sem dúvida um dos melhores dias da minha vida. No primeiro dia, conheci Novembers Doom (set acústico), Andy McKee, Riverside e The Reign of Kindo. O show do Anathema foi incrível, me emocionei bastante, mas de longe o do Riverside foi o melhor de todos.
O lançamento de um dos álbuns que hoje em dia é um dos meus preferidos: Love, Fear and The Time Machine. Especialmente porque seria o último show da banda com o excelentíssimo guitarrista Piotr Grudziński, que veio a falecer em fevereiro de 2016, que eu poderia ver.
O OMF foi paixão a primeira ida, fiquei tão maravilhada que decidi ir no dia seguinte, mesmo sem ainda conhecer muito Antimatter, Mono, Novembers Doom (elétrico) e Paradise Lost. Também foi tão incrível quanto o dia anterior. A maior surpresa foi Mono, com um show ensurdecedor que te faz ficar feliz pelo ouvido zumbir no dia seguinte.
Tudo isso me fez procurar mais sobre o festival na internet. Foi lá que encontrei um monte de gente bacana no grupo oficial do evento, onde ficamos o tempo todo fazendo especulações sobre quais serão as bandas dos próximos festivais.
2016 – O line-up perfeito?
A terceira edição do festival contou com Vincent Cavanagh, Labirinto, Alcest e Katatonia, para muitos era o cast dos sonhos, o retorno do Alcest ao nosso país e também do Katatonia, depois de cinco anos desde o último show em 2011 no Hangar 110 com a turnê do disco Night Is the New Day.
Dessa vez houveram alterações no formato, os shows aconteceram no Carioca Club entre a tarde/noite, além disso havia um local com merchandising de todas as bandas, um espaço gastronômico com hamburgueria e ainda uma bela exposição de fotografias de Alessandra Tolc (fotógrafa oficial da produtora).
A casa estava cheia, os shows fora todos pontuais e memoráveis, ouvir Vincent Cavanagh tocando um set acústico de músicas do Anathema, a nacional Labirinto apresentando seu recente e apocalíptico disco Gehenna, a volta do tão amado Alcest tocando na íntegra o segundo disco Écailles de Lune além de outros clássicos e por fim o Katatonia com a turnê do recente The Fall Of Hearts, que já era esperada há muito tempo pelos fãs brasileiros.
Abaixo segue o aftermovie da terceira edição do festival:
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=r7AjmKL3Gvc&w=560&h=315]
2017 – O que esperar?
A quarta edição tem tudo para ser memorável, contará com John Haughm (Agalloch), Les discrets, Sólstafir e Enslaved, as bandas estão com discos novos e irão apresentar com exclusividade em nosso país um repertório de sucessos e músicas novas.
Além de seguir o formato anterior, com espaço gastronômico e merchandising, haverá uma exposição exclusiva com as obras e desenhos do líder da banda francesa Les discrets, Fursy Teyssier.
Dessa vez todas as atrações são inéditas em nosso país, sendo que três bandas irão se apresentar somente em São Paulo, ou seja, nossos irmãos sul-americanos de países como Chile, Argentina, Peru, Colombia… também irão comparecer assim como tem acontecido em outras edições.
Fotos: Alessandra Tolc
Vai perder?