Na cena musical há cerca de dez anos, a cantora e DJ britânica Victoria Harrison lidera o Amazonica, seu novo projeto musical. O nome vem de uma lenda da planta Vitória Régia, conhecida em inglês por Victoria Amazonica.
Sua carreira trilhou caminhos diferentes, das agitações da música eletrônica enquanto DJ e do rock através de parcerias incríveis com músicos importantes do rock e metal internacional, como Tommy Lee do Motley Crue e a banda de black metal sinfônico Cradle of Filth. No fim, os dois mundos se colidiram e resultaram em dois discos: The Trouble With… Harry (2003) e Songs from the Edge (2007) lançados sob o nome Harry.
O primeiro single como Amazonica veio em 2018 com a música ‘Don’t Fear the Reaper‘ (2018) em um clima mais eletrônico moderno, dois anos mais tarde ela retorna com três faixas novas, High On You (2020), Memories (2020) e Stepping Stones (2020) single que acompanha mais duas faixas inéditas, sendo uma delas uma versão acústica.
‘Sweet Sound of Rock’n’Roll‘ é sua nova música e foi produzida por Luke Ebbin, que já trabalhou com Bon Jovi, Richie Sambora e Rival Schools. A faixa fará parte de seu novo disco previsto para ser lançado no segundo semestre de 2021. Você pode conferir o vídeo oficial abaixo:
Conversamos com Amazonica sobre sua carreira e a trilogia de discos que ela pretende lançar além de outras curiosidades:
Amazonica é um nome legal para banda, porém acho que você terá alguns problemas nas buscas na internet, então como você chegou a esse nome?
Sinceramente, foram as buscas na Internet! Eu estava procurando por um novo nome que tivesse a ver com Budismo e a flor de lótus, e a internet e sua mágica me apresentaram Amazonica e pensei que soava como ‘Metallica’, então pensei SIM! Além disso, há uma lenda brasileira muito sombria e legal ligada a isso, que foi super comovente para mim.
Não sabia que era você que cantava em ‘Temptation’ do Cradle of Filth, você fez uma ótima performance nessa música, como isso aconteceu, você já conhecia a banda?
Acho que conheci Dani Filth bêbado em um Rock Club em Londres, mas a gravação real aconteceu anos depois, quando o produtor do álbum Rob Caggiano do ANTHRAX entrou em contato comigo depois que gravei ‘Making Me Crazy’ com Tommy Lee e disse acho que essa música ficaria ótima com você também. Então voei para Londres para fazer o vídeo e agora sou amiga de todos eles.
Você vem lançando singles como Amazonica desde 2018, no começo podíamos ouvir um som mais eletrônico, porém você tem uma voz forte e poderosa para o rock’n’roll. Como foi essa transição para o rock em seu novo single ‘Stepping Stones’?
Bem, é meio que ao contrário. Meu primeiro álbum ‘The Trouble with … Harry’ que eu gravei com o Youth do Killing Joke quando eu era adolescente era um disco de metal industrial pop misturado com rock alternativo, mas nenhuma das minhas músicas estavam disponíveis online antes devido a pesadelos contratuais com a gravadora. Mas no ano passado eu consegui os direitos de volta para todas as minhas próprias músicas, então estou relançando tudo esse ano.
No primeiro álbum que fiz, misturei música eletrônica e rock. Sempre fiz músicas que misturam gêneros, mas agora é ótimo porque eu estava um pouco à frente do meu tempo e as pessoas realmente não me entendiam, mas agora as pessoas têm a mente mais aberta.
Em alguns dias você vai lançar seu primeiro disco através de sua própria gravadora, o que podemos esperar dele?
VAI SER DEMAIS! Acho que será uma ótima introdução e mal posso esperar para fazer uma turnê ao vivo e entrar no buraco!
Ouvi dizer que será uma trilogia de álbuns, eles serão diferentes um do outro?
Sim, ‘Songs From the Edge’ é puro rock alternativo e escrevi apenas na guitarra, meu primeiro álbum “The Trouble with .. Harry” é uma mistura de gêneros, já o novo álbum que estou terminando durante o lockdown é novamente uma mistura de gêneros mas foi produzido por mim mesma e usei muitas batidas do Trap com guitarras e sintetizadores e também há um grande momento cinematográfico com cordas que soam épicas, realmente mostram meu arco artístico.
O que te inspira a escrever música?
É algo que tenho que fazer, assim como respirar ou não me sinto bem. É estranho, fico mais feliz quando sou criativa, e os tempos mais sombrios da minha vida aconteceram enquanto eu não estava fazendo música. Isso salvou minha vida.
Quais são seus planos após o lançamento do primeiro álbum, talvez um videoclipe?
Espero fazer mais videoclipes, quero fazer muitos videoclipes, mas no momento é um desafio filmar devido às restrições da Covid.
Se você pudesse escolher uma de suas músicas para fazer parte da trilha sonora de um filme, qual seria e por quê?
Todas elas, são ótimas músicas para filmes!
Obrigado pelo seu tempo e fique à vontade para deixar uma mensagem aos nossos leitores.
Só quero dizer que, assim que for seguro viajar eu quero ir ao diretamente ao Brasil fazer shows malucos, vi que seu público e a energia parecem ELÉTRICOS! Mal posso esperar para conhecer o Brasil! Os discos em formato vinil já estão disponíveis e me sigam no Instagram: @DJamazonica