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The Hearing apresenta seu dream pop finlandês no Festival Dias Nórdicos

The Hearing é o projeto solo de Ringa Manner, uma multi-instrumentista finlandesa da capital Helsinki. Influenciada por Björk, Kate Bush e Freedie Mercury, ela lançou até o momento dois discos, Dorian (2013) e Adrian (2016), além disso ela tem mais outros seis projetos musicais de estilos diferentes, como por exemplo, sua primeira banda Pintandwefall formada em 2006 com uma sonoridade que passeia pelo garage rock e punk.

The Hearing
Photography: Peter Pohjola

Essa é a primeira vez que ela vem ao Brasil com o The Hearing, comandando sozinha seu sintetizador no palco, ela apresentará músicas de seu disco mais recente, Adrian lançado em 2016, assim também como músicas novas que estarão no terceiro e novo disco que será lançado em 2019 sob o título de Demian. Esse ano dois singles novos foram lançados, são eles When in Doubt Repeat These Words e Jello.

Dias Nórdicos é um encontro com a criação artística que aproxima a cena musical nórdica à América Latina e Espanha, gerando intercâmbios multilaterais entre regiões, por meio de diferentes conceitos: design, modernidade, sustentabilidade, vanguarda e elegância em diferentes manifestações artísticas e culturais: música, cinema, literatura, moda, arte, tecnologia, etc.

Além do The Hearing se apresentarão na mesma noite os grupos Wangel (Dinamarca) e Hulda (Ilhas Faroé), compre o seu ingresso diretamente pelo site do Sesc Avenida Paulista no link abaixo:

Festival Dias Nórdicos
Local: SESC Avenida Paulista
Data: 12/12/2018
Horário: A partir das 20h00
Ingressos: R$6,00 (comerciário) | R$10,00 (meia entrada) | R$20,00 (inteira)
Venda de ingressos clique aqui

Aproveitando sua primeira passagem pelo país, Ringa gentilmente cedeu uma entrevista ao nosso blog, o resultado você confere abaixo.


Qual foi o seu primeiro contato com a música e como aconteceu essa conexão com a música eletrônica?

Eu sempre estive envolvida com música de alguma forma. A minha mãe canta em um coral há mais ou menos 30 anos, e quando eu era pequena ela costumava me levar para os ensaios. A música eletrônica veio mais tarde, talvez em 2011. Eu só queria explorar o som do sintetizador e tocar com pedais de guitarra então foi o que fiz!

Você já esteve em algum projeto ou banda antes de formar o The Hearing?

Eu sempre tenho 3-6 bandas ou projetos acontecendo ao mesmo tempo! Todos de diferentes estilos, alguns em inglês, outros em finlandês. Até mesmo a minha primeira banda Pintandwefall continua forte após 12 anos.

Existe algum tipo de ritual em seus processos de composição, você procura estar só ou deixa que as ideias fluem naturalmente?

Na verdade não, apenas tento arrumar um tempo para sentar com meus instrumentos e tentar pensar em alguma coisa para dizer. Isso leva algum tempo, mas aceitei que as melhores coisas ganham forma lentamente.

Que tipo de referências visuais ou literárias influenciam sua música?

Meus três primeiros discos foram todos batizados com nomes de livros que li em um momento muito emocional em 2011. O Retrato de Dorian Grey de Oscar Wilde, O Mentiroso de Stephen Fry e Demian de Herman Hesse.

Você tem dois discos lançados, Dorian (2013) e Adrian (2016) e agora está compondo um terceiro trabalho. As pessoas costumam dizer que o segundo disco é sempre o mais difícil pois ele precisa meio que superar o primeiro, existem alguma pressão sobre si mesma ao lançar música nova?

Sim, porque quero dar o meu melhor a qualquer momento. Então cada disco ou música que lanço são sempre de longe os melhores. É por isso que acho que levou tanto tempo para finalizar Demian, o terceiro disco.

Como é a sua conexão com o palco e shows ao vivo? Você se sente confortável ou é um desafio?

Ambos. O palco é a minha casa e o lugar onde me sinto segura. Mas há sempre mil coisas passando pela sua cabeça então acaba sendo um pouco difícil se acalmar.

Você fez cerca de 300 shows pelo mundo, o que espera de sua primeira apresentação no Brasil?

Nunca sei muito o que esperar, mas espero de verdade que as pessoas cheguem a tempo! Eu serei a primeira a se apresentar e tenho que pegar um voo direto depois do show para voltar para a Finlândia.

Você conhece alguma coisa da cultura brasileira? Música, comida, lugares…

Antes eu não sabia muito. Eu só sei que vocês tem recursos naturais incríveis, pessoas bonitas e um idioma bonito, os resultados das eleições atuais são preocupantes e tradições musicais incríveis. Estivemos pela cidade hoje e pudemos ver um pouco e só posso dizer que eu definitivamente tenho que voltar um dia.

O que você pode nos dizer sobre seu terceiro disco?

Se chama Demian e será a melhor coisa que já fiz!

Muito obrigado pelo tempo em responder as perguntas, deixe uma mensagem para seus fãs.

Eu só queria poder ficar depois do show e conhecer muitas pessoas! Mas como eu disse, isso significa que não tem outro jeito a não ser voltar pra cá um dia. Enquanto isso, sejam gentis uns com os outros e verdadeiro consigo mesmo.