A Rakta surgiu em São Paulo como um quarteto, hoje é formada por Paula Rebellato (teclado, vocal), Carla Boregas (baixo, vocal) e Nathalia Viccari (bateria), porém atualmente Nathalia se apresenta com a banda apenas nas turnês internacionais, já que ela não mora mais no Brasil.
O primeiro disco saiu em 2013, auto intitulado Rakta, e já se mostrava fora da caixinha, com algumas influências que passeiam entre o punk/post-punk e muitos elementos experimentais. Se Take Your Time mostrava uma agressividade punk, Caverna caía de cabeça em um post-punk mais soturno e psicodélico.
Desde então, a Rakta vem experimentando e transformando suas músicas cada vez mais em rituais cheios de sons a explorar, hoje em dia não cabe ao certo um rótulo para a banda, seria limitá-las demais.
Na quinta-feira dia 08 de fevereiro de 2018, elas se apresentaram no Centro Cultural São Paulo para o lançamento do novo compacto Oculto pelos Seres, com 5 faixas e lançado no Brasil pela Nada Nada Discos/Dama da Noite Discos, na Europa pela La Vida Es Un Mus e nos EUA pela Iron Lung Records. De casa cheia em plena quinta-feira às 21h00, isso é um fato interessante, pois em todos os shows do Rakta que fui até hoje (esse é o quinto) elas trazem sua legião de adoradores.
Como é de praxe, as luzes vermelhas tomaram conta do palco enquanto a banda se apresentava diante dos olhos confusos, estáticos e sedentos pela sonoridade catártica. Nesse momento, o palco é da Rakta, ali elas emergem em linhas precisas de baixo, camadas de pedais, teclados e bateria que criam uma atmosfera única e transcendental.
O público assiste e recebe o som como quer, atento, dançando ou de olhos fechados, mesmo que pareça que a banda esteja em um mundo paralelo, pelo contrário, o objetivo é trazer todos os expectadores para essa viagem sonora e intensa que acontece no palco, no setlist foram apresentadas algumas faixas do novo compacto Oculto pelos seres e do disco anterior III.
Destaque para uma jam unindo elementos das faixas Outro e Conjuração do espelho, e que eu me lembre esse foi até agora um dos momentos mais experimentais e intensos em um show do Rakta, o que de início eram camadas e foram criando paisagens sonoras à uma percussão desgastante que durou cerca de 20 minutos.
Uma pequena pausa para agradecer as pessoas presentes e a banda fecha o show com a já conhecida Filhas do Fogo do disco III, para firmar essa conexão com quem as assiste, elas pedem que subam no palco para sentirem suas energias, e então eis que se forma uma roda ao redor das integrantes e assim depois de alguns minutos de música estamos renovados, é mais um show do Rakta, mais um momento em que viajamos sonoramente com elas em seu universo musical.
Setlist:
01. Rodeados pela beleza
02. Memória do Futuro
03. Outro/Conjuração do espelho
04. Filhas do Fogo
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