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10 artistas e bandas LGBTQIA+ brasileiras para conhecer em 2020

Esse é conhecido como o mês da diversidade, é nele que é comemorado o dia do orgulho LGBTQIA+, e onde também acontece anualmente a famosa Parada do Orgulho LGBTQIA+, que teve em sua primeira edição cerca de 2 mil pessoas, mas que hoje atrai milhões ocupando a famosa Avenida Paulista para celebrar o amor e a luta por direitos.

Infelizmente, ainda vivemos em um dos países que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo, mas ainda temos esperança que essa triste realidade mude, mesmo que a passos lentos como vem sendo.

Portanto, pensando nisso separamos dez nomes da cena LGBTQIA+ que você precisa conhecer, nada mais justo exaltar artistas que vem surgindo e dando voz e representatividade às pessoas que compõem a sigla.

JUP DO BAIRRO

Jup do Bairro já era conhecida por suas falas e apresentações intensas ao lado de Linn da Quebrada, com quem divide os palcos. Em seu primeiro EP Corpo sem Juízo (2020), produzido por Badsista, ela marca uma nova fase de sua carreira musical. Nele, suas composições externam dores, injustiças, mas também trazem representatividade, força e empoderamento. Um dos singles, a música ”All You Need Is Love”, conta com participações de Linn da Quebrada e Rico Dalasam e traz um som influenciado por funk e música experimental eletrônica.

GETÚLIO ABELHA

Quem disse que não pode rolar um forrozinho queer? O artista visual Getúlio Abelha vem do Piauí, mas foi em Fortaleza que começou a construir sua carreira. As gírias LGBTQIA+, a cidade, pessoas, costumes e mais outras tantas inspirações são o ponto forte em suas letras e vídeo clipes. O que nos chama a atenção são as ótimas performances e a criatividade de Getúlio em lidar com as estéticas de seu projeto. Recentemente ele lançou um vídeo clipe para seu novo single “Sinal Fechado”, que traz um clima bem anos 80 de filmes trash.

SAPATARIA

Com influências vindas dos movimentos riot grrrl, punk e hardcore, a banda Sapataria foi formada em 2016 na cidade de São Paulo. É liderada por quatro garotas lésbicas que tinham justamente o desejo de poder se expressar e dar voz a outras mulheres através da música. De forma totalmente independente lançaram seu primeiro EP Sapataria (2019). No vídeo da música ”M.S.B (Movimento das Sem Banheiro)” elas criticam as hostilizações que mulheres lésbicas sofrem devido a preconceitos de uma sociedade machista, homofóbica e conservadora.

ENME

Enme vem do Maranhão e já chegou quebrando tudo com seu primeiro EP, o ótimo Pandú (2019). Pra comprovar o que estou falando, o disco ganhou destaque até fora do país, na Vogue Itália. A estética traz influências regionais da cantora, assim como o som que tem um punhado de referências musicais que vão do reggae, hip hop ao r&b e promete não deixar ninguém parado, a faixa ”Killa” já nos mostra isso. Se preparem para ouvir falar muito de Enme por aí.

TEU PAI JÁ SABE?

Como uma de suas músicas diz, punk também é pra veado! A banda curitibana Teu Pai Já sabe? (ótimo nome) formada em 2008, vem justamente para desmistificar a ideia de que homens gays não podem fazer esse tipo de som. Suas músicas convocam toda a galera LGBTQIA+ para shows cheio de ”carão e caos”, com letras cheias de críticas e ironias contra pessoas que tentam privar pessoas LGBTQIA+ de suas liberdades. Na discografia trazem os álbuns: Blasfêmia pouca é bobagem (2009) e Agora Sabe (2013).

VINAA

O cantor e compositor VINAA também vem do Maranhão, e é com certeza uma das gratas surpresas dessa nova geração de músicos. Em seus dois discos de estúdio, Bordel de Amianto e a Glória dos Loucos por Sex Appeal (2017) e Elementos e Hortelã na Terra dos Eucaliptos (2019), ele traz belas performances durante suas canções românticas, além disso, também nos mostra uma rica mistura de ritmos. Vale destacar a participação de Zeca Baleiro na faixa “Cicatriz (No Regresa)” que compõe o último álbum.

JUCCAS

O jovem cantor e compositor Juccas é uma das promessas da música nacional, nascido na cidade de São Paulo e com apenas 19 anos ele já mostra um grande potencial. Entre suas suas influências musicais estão o samba, mpb e pop. Ele lançou um EP intitulado Juccas (2019), com três faixas e produzido por Rick Bonadio. Mais recentemente lançou a nova “Quero Que O Amor (Exploda)”, com uma mistura inusitada de tango e funk.

HAYZ

O trio queercore HAYZ formado em 2018 em São Paulo, também levanta a bandeira das mulheres lésbicas e feministas, fortalecendo a cena musical de pessoas LGBTQIA+. No ano passado a banda começou a promover seu primeiro disco de estúdio Não Estamos Mais em Casa (2019). As músicas são influenciadas pelo rock feito durante os anos 90 e 2000 e falam sobre as angustias e lutas, baseadas em experiências pessoais das integrantes.

MONNA BRUTAL

Monna Brutal é uma rapper trans nascida na cidade de São Paulo, o ano de 2018 foi marcado pelo lançamento de seu aguardado primeiro disco batizado de 9/11. Mesmo estando em um ambiente machista como o do rap e hip hop, as músicas carregam mensagens diretas e empoderadas, que através de rimas bem afiadas fazem bonito na representatividade. O disco ainda traz participações de Brisa Flow e a slammer Katrina.

TUÍRA

O quarteto carioca Tuíra surgiu em meados de 2017 com a proposta de fazer um som influenciado pelo pop punk, hardcore e indie e que trouxesse em suas letras temas políticos e afetivos. Em 2019 lançaram o EP ‘Calma e Força’, com cinco faixas. O nome da banda é uma homenagem a uma indígena Kayapó, que com seu facão barrou a construção de uma barragem em Belo Monte durante a década de 80.

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