Mais uma segunda feira e a nossa coluna Quem Indica continua firme, vamos torcer para que isso dure por bastante tempo, ok? Eu particularmente tenho gostado muito de trazer artistas que eu gosto pra indicar discos para vocês aqui. É uma forma de nos aproximarmos com eles, aprender um pouco mais sobre o gosto e influências de cada um.
E como eu sou fã das pessoas que estou chamando para colaborarem aqui, fico com o coração quentinho também. Ainda não atingimos nosso objetivo de dar tanta voz a arte e aos artistas quanto idealizamos, mas espero que estejamos no caminho certo.
Dessa vez trouxemos uma pessoa que eu admiro muito, definitivamente eu gostaria de ser como ela quando eu crescer. Não sei se ela sabe disso, mas a admiração e o carinho são enormes. São tão grandes que ela era uma das minhas grandes referências quando escrevi o post das mulheres baixistas. Infelizmente não pude escrever muito naquela época se não o post ficaria enorme, porém fica aqui a menção.
Além de uma excelente baixista, a Stephani também é ilustradora. Se quiser ver mais trabalhos dela, confira o instagram @sheuck
Stephani Heuczuk
A Stephani é baixista da banda terraplana de Curitiba – PR. Até hoje a terraplana lançou apenas um EP chamado Exílio (2017). Estamos aguardando eles salvarem o shoegaze e nos darem motivos para sorrir. Ideal para quem gosta de shoegaze, slowcore, post-rock, dream pop e noise.
Indicações da Stephani
O critério que eu usei pra selecionar esses cinco álbuns foi o que tenho ouvido ultimamente e achei que poderia ser uma descoberta diferente pra quem for ler, tanto que escolhi estilos bem diferentes
Choose Your Weapon – Hiatus Kaiyote (2015)
Esse álbum é simplesmente fantástico, brilhante e inovador. Acredito muito que ele venha a se tornar um clássico! Adoro ouvir a naturalidade com que a voz da Nai Palm soa, a criatividade das melodias, as harmonias sendo levadas pra lugares diferentes. Pra mim tem sido uma experiência muito inspiradora ouvir ele e tentar entender as formas, cada vez que eu ouço é uma descoberta diferente!
Cinco Sentidos – Mateus Aleluia (2010)
Cinco Sentidos tem um espaço muito especial na minha vida. Ele foi um acalento em momentos que eu precisei muito, ele me transporta pra esse mundo mais ancestral e simbólico. Pra mim o álbum se tornou um respiro, um meio de conexão com essa busca constante por um sentido maior, a busca por entender o oculto. Esse álbum me leva pra esse lugar de entendimento, intuição e percepção.
Água Batizada – Negro Leo (2016)
Gostoso e esquisito são os adjetivos que eu usaria pra definir esse álbum. Eu redescobri ele agora na quarentena, e eu acho simplesmente maravilhosa essa coisa que a música faz de marcar uma época, uma fase na nossa vida. E quando você ouve um tempo depois, por mais transformado que você esteja, por mais mudado que estejam o mundo e os desejos, você ainda consegue sentir um pouquinho daquilo que sentia antes e se transportar pra um tempo que já foi. Ouvir novamente tempos depois é como um lembrete de não esquecer quem se é e resgatar sentimentos esquecidos.
Djesse vol 2 – Jacob Collier (2018)
Eu já conhecia o Jacob Collier de alguns vídeos da internet, mas foi só em 2020 que eu parei pra ouvir de verdade e me apaixonei por esse álbum. Nossa quanta sensibilidade e genialidade ele tem, é muito maravilhoso ver artistas tão jovens e da nossa geração, fazendo músicas que simplesmente não existem palavras pra descrever. Um destaque muito importante para as musicistas que emprestaram suas vozes incríveis em várias faixas do disco, como Lianne La Havas, Becca Stevens, MARO, JoJo e Dodie.
Susumu Yokota – Sakura (2000)
Um dos meus passatempos é ilustrar e nas minhas ilustrações eu sempre busco criar lugares, cenários cotidianos, que tragam um ar de contemplação. Eu quero que as pessoas vejam os desenhos e sintam algo, assim como eu sinto quando estou criando eles. Em geral eu tento recriar esses cenários cotidianos da vida, em que por um instante a gente esquece de todas as desgraças do mundo e simplesmente aprecia estar ali naquele momento singelo e de pura contemplação.
E pra criar essa atmosfera, ouvir música ambiente experimental é um recurso que me ajuda muito. Esse é um dos álbuns que cumprem perfeitamente esse papel (menção honrosa para os álbuns Green do Hiroshi Yoshimura e Pacific de Haruomi Hosono, Shigeru Suzuki & Tatsuro Yamashita).
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