A sonoridade da John Filme (já indicamos a banda nessa lista aqui) atravessa vários gêneros, alguns deles como stoner, shoegaze, metal e o experimental. Isso mostra justamente o que eles querem, não se limitar a apenas uma sonoridade. Formada em 2011 no município de Chapecó em Santa Catarina, a banda é composta por Akira, Fernando e Jivago.
Trazem uma discografia produtiva, são dois discos de estúdio e cinco EP’s lançados. Abaixo você pode conferir a bela lista de álbuns que eles selecionaram para sintetizar suas influências. Antes disso, aproveite pra conferir também o novo disco ‘Jhon Film’ que saiu em agosto:
As indicações da banda:
Selecionei esses albuns pensando na John Filme e me liguei o quão difícil é ter que escolher alguns discos sem um critério específico além da relevância dos mesmos em nossas vidinhas rsrsrs….
Tendo “dito” isso, eu fiz uma seleção ultra afunilada, ou seja, botei na lista discos os quais eu tenho certeza que cada um de nós da banda teria algo a dizer.
AUTOLUX – FUTURE PERFECT (2004)
É uma sequência impecável. Tentar ouvir alguma música desse álbum fora de contexto acaba sendo estranho porque tu quase sempre recebe um trecho da música anterior ou posterior à que tu ta ouvindo. Todo mundo nessa banda é muito massa e é estranho imaginar que a mesma pessoa que mixou esse disco (David Sardy) também mixou o homônio do System of a Down.
REPOLHO – VOL 1 (1997)
A legítima lavoura. Uma natureza avantajada dessas pode ser difícil no início e inconveniente no resto do tempo, mas o caminho mais difícil é sempre legítimo. Esse álbum traz a melhor gravação de baixo de todos os tempos, instrumentos afinadíssimos e até a voz do Akira no inicio da faixa ”Chapecó”. Essa alegada ”Colonagem Cibernética” da Repolho foi o que conectou algumas pessoas do Brasil à fora com a cidade onde a gente nasceu no oeste de Santa Catarina.
Acho que isso nos ajudou a entender que pessoas daqui do interior também traçavam paralelos e trabalhavam com pessoas de outros lugares. Ver o Repolho interagir com Graforréia Xilarmonica, Jupiter Maçã, Tom Zé, Emílio e Mauro, Osmarmotta e vários outros, foi algo que alimentou a vontade de fazer alguma coisa com
música.
WARPAINT – THE FOOL (DELUXE) (2010)
Essa versão estendida vem com as músicas do primeiro EP e acaba soando muito mais como um discão longo do que como uma versão com faixas bônus ou algo assim. Justo dizer que o live da KCRW 2011 Morning Becomes Eclectic era o vídeo mais foda de se ter no mural do Orkut
antigamente… felicidades à todos aqueles que assim como nós, viram o Warpaint em algum dos shows que rolaram no Brasil. Esse disco foi muito importante pra nós e virou uma grande fonte de plágios pra ideias de bateria.
MUNOZ – NEKOMATA (2019)
Quebraceira do inferno. É difícil entender como é que dois irmãos conseguem fazer um troço tão massa assim… A gente não esconde pra ninguém o fato de que fomos adotados pela Muñoz no passado e essa convivência trouxe muito trago, foguete, gritaria e tendél. No ententanto esse disco vem de um lugar que não cabe em palavras. Ano passado Muñoz fez 3 shows em São Paulo e é certo afirmar que as musicas desse disco em versão ao vivo estão um absurdo.
PJ HARVEY – UH HUH HER (2004)
Acho que a gente conheceu a PJ Harvey ouvindo o Desert Sessions 9 & 10 e isso mistificou o Rancho de La Luna ao ponto que era um lugar que a gente sonhava visitar. Só um tempo depois fomos escutar a carreira solo dela e em especial esse disco que tem uma sequência gigante de tata-tumtumtum. As musicas são bem diferentes entre si e as letras basicamente fazem teus braços caírem. Pouquíssimas ideias pra essa pérola que amamodoramos.