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DIIV nos mostra que o shoegaze está mais vivo do que nunca em Deceiver

Eu geralmente não costumo resenhar sobre álbuns. Acho que não é uma coisa que eu leve jeito pra fazer. Mas o terceiro e novo álbum da DIIV, o Deceiver, lançado hoje me deu vontade de escrever. Nem que seja pra falar algumas bobagens e tentar convencer vocês a ouvirem este querido albão da porra.

https://youtu.be/KjWpcJANwrY

DIIV é uma das bandas que eu mais gosto. Não consigo criticar nada que eles tenham lançado até hoje. Acho que é uma das bandas mais fenomenais da nova leva do shoegaze. Vê-los ao vivo foi um momento marcante e catártico pra mim, certamente vai ser inesquecível e eu sempre terei aquele gostinho de quero mais.

Se eu pudesse, eu os veria todos os anos. É o tipo de banda que levanta qualquer defunto, melhora qualquer humor e te dá vontade de pegar uma Fender Jazzmaster, um set de pedais maneiros e ir ganhar o mundo fazendo música. Se algum dia eu tiver uma banda, com certeza vou me inspirar nesses caras pra fazer música.

Zachary Cole Smith (vocalista e guitarrista), começou a DIIV como um projeto solo. Posteriormente, Colin Caulfield (vocalista e baixista), Andrew Bailey (guitarrista) e Ben Newman (baterista) se juntaram a ele na atual formação da banda. Já lançaram os gloriosos Oshin (2012)Is the Is Are (2016). O Deceiver vem ganhando corpo como o renascimento da banda.

No bandcamp da banda podemos ler mais sobre a história desse álbum, na qual o Zach basicamente diz que o álbum é sobre relacionamentos e a complexidade deles. A vida pessoal dos membros é um tanto quanto complicada. O álbum é sobre como temos que nos comprometer e seguir em frente com nossas responsabilidades, mostrando que a vida é um longo processo de crescimento que nunca termina.

“On Deceiver, I’m talking about working for the relationships in my life, repairing them, and accepting responsibility for the places I’ve failed them. I had to re-approach the band. It wasn’t restarting from a clean slate, but it was a new beginning. It took time—as it did with everybody else in my life—but we all grew together and learned how to communicate and collaborate.”

As influências vão de Unwound e Elliot Smith a True Widow e Neurosis. De fato um som mais pesado que o comum, mais maduro e mais denso. Realmente é maravilhoso ver tamanha evolução dos músicos claramente afetando e aperfeiçoando a música feita. A arte nunca para de nos surpreender.

“I’d say it’s an imaginary dialogue between two characters, which could either be myself or people I know,” he says. “I spent six months in several different rehab facilities at the beginning of 2017. I was living with other addicts. Being a recovering addict myself, there are a lot of questions like, ‘Who are we? What is this disease?’ Our last record was about recovery in general, but I truthfully didn’t buy in. I decided to live in my disease instead. ‘Skin Game’ looks at where the pain comes from. I’m looking at the personal, physical, emotional, and broader political experiences feeding into the cycle of addiction for millions of us.” 

Os singles Skin Game e Taker lançados nos últimos tempos já eram surpreendentes, mas ouvi-los juntos ao restante do álbum cria uma história coesa realmente excelente. Me faltam palavras pra descrever o quanto eu fiquei impactada e emocionada com esse álbum. 

Eu gostaria de que todos os álbuns de shoegaze que eu ouvisse tentassem ser elaborados e bem feitos no nível desse. Shoegaze sempre foi intrínseco a DIIV, mas agora podemos olhar no dicionário e ver a foto do DIIV junto a definição da melhor vertente do rock alternativo que existe.

Se você curte shoegaze, meu amigo, esse é o álbum perfeito pra você. E se eu pudesse dar uma nota? 100/10.

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