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Quem Indica: Wagner Almeida

Quem Indica: Wagner Almeida, hoje lançamos uma nova coluna no blog. A ideia dessa coluna é trazer artistas que admiramos para indicar 5 álbuns para vocês, caros leitores. O critério da indicação dos álbuns vai de acordo com a preferência do artista, pode ser os álbuns preferidos, álbuns que marcaram, álbuns que eles andam ouvindo recentemente, pode ter um tema ou não. É mais uma forma de vocês conhecerem mais esse artista, e também abrir um espaço para que os artistas independentes se conectem mais com seu público, falem de artistas que gostem ou queiram divulgar o trabalho de seus amigos e conhecidos.

Primeiramente estamos convidando artistas que temos mais contato e a ideia é que a coluna seja semanal. Agora sem mais delongas, vamos ao nosso artista dessa semana e suas indicações!

Wagner Almeida

Wagner Almeida é um cantor/compositor de Belo Horizonte – Minas Gerais. Já lançou dois discos, Crescimento/Desistência (2018) e Domingos à Noite (2019), além de dois EPs Sonho Violento pt I (2019) e Sonho Violento pt II (2020). Ideal para quem curte emo, folk, rock alternativo, música experimental, lo-fi e shoegaze.

Indicações do Wagner

Não são necessariamente meus discos favoritos de todos os tempos, mas são discos que me marcaram de alguma maneira e eu escolhi colocar. Deixei de fora alguns de meus artistas favoritos como Alex G, Elliot Smith, dentro outros, porque acho que todo mundo que me conhece já sabe disso e dessas influências. Então peguei algumas coisas que podem ser um pouco menos óbvias mas que considero importantíssimas também.

Stratosphere – Duster (1998)

Esse é o disco mais antigo da minha lista e talvez o que eu tenha escutado em maior quantidade recentemente. Diferente dos outros que citarei daqui pra frente, esse é um pouco mais longo e quase cansativo de pegar, sentar e ouvir de uma vez. Geralmente eu deixo ele tocando enquanto vou fazer outra coisa. É um disco pesado, mas que se alterna em momentos mais tranquilos e introspectivos. Algumas músicas soam como mantras pra mim, e eles experimentam com trocas bruscas de velocidade e intensidade (às vezes dentro da própria música). Além disso tudo, esse disco tem os meus timbres de guitarra favoritos, e eu amo as baterias também. Meu sonho conseguir fazer alguma coisa parecida.

Zentropy – Frankie Cosmos (2014)

Frankie Cosmos é uma banda que eu sou muito fã desde a primeira vez que eu escutei. É uma sonoridade muito agradável de ouvir, muito bem feito. São músicas curtas, felizes e tristes, e que me tocam de um jeito muito legal. Pra mim é a simplicidade das músicas e das letras, dessa forma crua e direta (que é um pouco o que eu tento fazer em algumas músicas minhas). É uma das minhas grandes inspirações de bandas de indie/pop/lofi, porque a Greta só vai e faz, parece que não ta nem aí, e eu gosto muito disso.

This Is How You Smile – Helado Negro (2019)

É o disco mais novo dos que eu escolhi, e é provavelmente o meu favorito lançado no ano de 2019. A primeira vez que eu ouvi foi uma experiência muito interessante e bonita. Eu vi a capa nos stories de algum amigo, achei bonita e procurei no spotify pra ver o que era, já que não conhecia o Helado Negro. Abri uma outra aba no Genius, pra ir acompanhando as letras e ouvi tudo de uma vez. É daqueles discos que são incríveis ao ouvir como todo, mas também tem uns hits muito absurdos. As letras são muito lindas, a sonoridade é muito tranquila e melancólica, misturando uns samples muito contemplativos, umas coisas com piano, o violão, a voz linda do cara, é muito emocionante e grandioso e ao mesmo tempo muito vida real.

Tudo em Vão – Fábio de Carvalho (2015)

Esse disco foi certamente o mais marcante da minha vida. Eu ouvi na semana que saiu, por recomendação de um amigo, e foi a coisa mais absurda de todas. O quanto eu me identifiquei e fiquei impressionado sobre como O Fábio conseguiu falar tão abertamente sobre algumas coisas, além de toda a sonoridade que era uma coisa relativamente nova pra mim. É um disco que consegue apresentar uma agressividade, se misturando com momentos mais tranquilos e tudo isso rodeado por uma atmosfera meio entorpecida de um adolescente, que consegui me conectar bastante. O melhor desse disco é que se eu sentar e colocar ele pra tocar hoje eu vou sentir ele com a mesma intensidade, mesmo que por motivos diferentes. Esse é um trabalho muito potente e é muito importante pra mim.

Blonde – Frank Ocean (2016)

Acho que esse nem precisa falar muita coisa. Um dos melhores discos que existe aí no mundo, só canção bruta, pop, rap, rock, r&b, experimental, tudo. Letras absurdas, hits incríveis, participações perfeitas (Alex G, Yung Lean hahah), tudo que poderia ser e mais um pouco. Comecei a ouvir esse disco quando tinha acabado de sair de um relacionamento, aí nem tem jeito também. Ouvi ele repetidas vezes, ouvia praticamente todos os dias na época que eu conheci. Muito marcante, até falo dele numa música minha.

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