Eu queria ter tido tempo pra escrever sobre esse disco antes. Quando eu ouço discos como esse do Wagner eu me lembro do motivo de eu escrever nesse blog pra algumas pessoas lerem. Me dá vontade de continuar, renova minhas esperanças em continuar a escrever e renova a fé na música brasileira independente.
Na esperança que alguém vá de fato ler e se interessar pra escutar o que eu estou indicando. Eu desejaria que fosse como aquele bom amigo que sempre tem bons conselhos sobre música, e eu ficaria muito brava se esse meu bom amigo não me indicasse um álbum bom desses pra ouvir. Solta o play:
Antes de mais nada, espero que você já tenha ouvido falar no Wagner Almeida. O álbum crescimento/desistência foi um dos melhores discos de 2018, e eu me arrependo amargamente por não ter ouvido ele antes e não ter indicado antes pra vocês.
De fato, eu me apaixonei verdadeiramente pelo álbum depois do show do Wagner na Breve e eu me arrependo disso por não ter curtido o álbum com a emoção que ele merece. Eu sempre tô atrasada com todas as coisas, mas dessa vez eu tentei não demorar muito.
O ano ainda está na metade, mas pode ter certeza que esse já é um dos meus álbuns preferidos do ano e possivelmente da vida. Sabe quando um artista lança exatamente aquilo que você PRECISAVA ouvir. É literalmente isso. Provavelmente vocês já perceberam que eu sou uma grande admiradora das coisas que o Fábio de Carvalho e o Fernando Motta lançam, os discos deles significam muito pra mim e me marcaram bastante, com o Wagner tá sendo a mesma coisa.
É inegável que Minas Gerais tem muita coisa boa, mas sinto que a gente não valoriza o suficiente. O Sentidor, mais conhecido como João de Carvalho, colaborou em grande parte com esse disco tanto na composição quanto na mixagem/masterização, e ele é outro grande artista que a gente deve se lembrar e se orgulhar de poder conhecer.
Foi um encontro bastante feliz essa mistura magnífica das ideias do Wagner com as ideias do João. A atmosfera que existe nesse álbum é excelente, traz uma paz, uma calmaria, uma sensação de pertencimento gigante. Estar em casa ou estar em algum lugar tão confortável quanto (mesmo que seja no mundo de outra pessoa).
Te faz esquecer da atual conjuntura política, de todos os seus problemas e te transporta pra um lugar melhor. Paz e quietude nunca estiveram tão em alta, o mundo moderno nos faz ficar tão ansiosos que é sempre bom encontrar um momento pra respirar e apreciar um bom disco.
Eu sei que eu sempre dou uma boa viajada quando eu falo dos discos, porque eu só escrevo sobre aquilo que me marca e que eu não sei resenhar como muitos sabem, então eu só digo que descrevo todas as sensações e sentimentos que me marcaram nos álbuns. Então não me leve a mal.
Agora voltando ao que importa… Não tem sequer uma música ruim nesse álbum e eu ainda estou tentando descobrir quais são minhas favoritas. Mas Cocada é certamente um ponto alto pra mim.
As melodias se unificaram em algo tão bonito que eu tenho vontade de chorar toda vez que eu escuto, não é necessariamente uma música triste, mas ela consegue chegar àquelas notas que acertam certeiramente o meu peito e atingem aquele lugar sensível. Também perfeita para um estado de contemplação.
As letras tanto desse disco tanto do álbum lançado no ano passado me fazem refletir sobre minha própria vida e sobre os caminhos que eu ando tomando, tenho me conectado bastante tanto com as melodias quanto com as letras.
Tem me conectado com meu interior de uma maneira que eu nunca pensei, tem me feito refletir bastante e é muito curioso quando alguém que mal te conhece escreve um tantão de coisas que fazem você se sentir validado. Escutar esses álbuns tem sido uma viagem de autoconhecimento sem fim, pelo menos pra mim.
Fora as vezes que eu me encontro extremamente sensível e desabo em lágrimas. Toda vez que eu ouço Cabo Frio, do último disco, eu SEMPRE choro. Vai diretamente na parte sensível que eu guardo a sete chaves dentro de mim.
E domingos à noite é a mesma coisa. É um disco singelo, como se não precisasse de muitas coisas e firulas pra mostrar sua verdadeira beleza. A gente encontra a perfeição nas coisas mais simples, sinceras e diretas. Por exemplo, a música Toda Azul.
Ela é simples e ao mesmo tempo tão fofa e tão bonita. Não precisa de mais nada, sabe? É isso, essa é declaração de amor que importa. Não precisa escrever milhares de coisas pra demonstrar que gosta (mas se quiser pode), essa música resume tudo isso, não precisa de mais nada.
E é só isso, eu só tenho a agradecer por esse disco sensacional.
Obrigada de verdade.
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