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Lançamento do clipe Ode – Ultraluna + entrevista

Quem acompanha o nosso blog desde o começo provavelmente já deve ter ouvido falar do Vinicius Mendes, certo? Já fizemos matérias aqui falando do Festival Pessoa que Voa que aconteceu no ano passado e fizemos uma entrevista com ele falando sobre o nosso querido e finado selo. Mas o que você talvez não saiba é que o Vinicius agora está com um novo projeto, chamado Ultraluna.

Clipe de Ode

Ode é bem diferente da primeira música lançada anteriormente, a Como uma Raposa nos Faróis (veja abaixo), é mais alegre, bem mais pop, grudou facilmente na minha mente o trecho “eu não vou sentir medo ou nem sentir culpa, só quero sentir seu braço na minha nuca”, me vi cantarolando essa parte pelo resto do dia quando ouvi as demos.

Não posso dar spoilers do EP que será lançado em breve, porém posso adiantar que é um ótimo álbum, diferente de Mércurio que sempre me fazia chorar ou emocionava quando eu via ao vivo. Mércurio era bem mais voz e violão, right in the feels, o EP é mais “guitarrístico”, pop, refrões marcantes, solos de guitarra pra fazer você se apaixonar, pedal como a gente gosta e uma bateria animada e acelerada. Pelo menos que é a impressão que me passa.

Ultraluna não é necessariamente um renascimento ou recomeço, é apenas uma das inúmeras facetas de um artista que procura diversas maneiras pra se expressar. O passado não ficou para trás, ele é sempre valorizado e querido. Mas temos que dar passagem para que o novo possa entrar e mostrar suas qualidades também.

Acho que é sempre importante experimentar e ir descobrindo o que mais te agrada na música, confesso que as duas abordagens funcionam muito bem pra mim, tanto a melancolia quanto a alegria da juventude, aquela abordagem musical trazida pelo núcleo independente que eu chamo de rock jovem.

O rock jovem me lembra do espírito da juventude, que muitas vezes eu perco (talvez eu já esteja velha demais pra isso), mas de vez em quando eu acho quando vou aos shows independentes.

Essa abordagem dá um vigor pra discografia do Ultraluna, mostra as camadas criativas e a capacidade de se reinventar sem perder a essência, mantendo a alma, a paixão pela música e a criatividade.

https://youtu.be/8Tb4dJ2yeSo

Na entrevista abaixo, conversamos um pouco mais pra tentar entender os planos para o novo projeto:

O que significa Ultraluna pra você? Uma mudança de nome ou estilo até um tipo de renascimento ou algo mais?

Acho que o nome Ultraluna e o fato de ter mudado de nome não significa necessariamente uma mudança, porque meu estilo de compor e fazer música continua praticamente o mesmo, e nem um recomeço, porque gosto muito da minha discografia, e tudo que fiz nesse meio tempo. Acho que é um jeito de me distanciar da minha vida pessoal e poder ter mais liberdade em fazer o que eu me sinto confortável fazendo enquanto artista.

Em qual direção as suas próximas músicas serão? (ex: vai ocorrer uma mudança de estilo/gênero)

Então, eu não faço ideia. Essas músicas novas foram as ultimas que eu tinha guardadas, não tenho mais nada escrito, tudo daqui pra frente vai ser novo. Por enquanto, a ideia é fazer uma mistura desse som mais trabalhado do EP com o som acústico dos meus trabalhos anteriores, mas não comecei a escrever nada. A vontade agora é tocar esse EP ao vivo, junto das músicas antigas arranjadas com a banda pela primeira vez.

Com quais artistas você vai colaborar nas músicas novas?

Além da ajuda do Lucas (LVCASU), que desde sempre me ajuda na produção de tudo que faço, e fez as fotos e o vídeo de “Ode”, pela primeira vez tô contando com a ajuda do meu amigo talentosíssimo Nickolas (Marchioretto), que tocou bateria, guitarra e cantou em todas as músicas do EP. Nós gravamos lá no estúdio Fiaca, com o Yann Dardenne e com o Chris Kuntz, da Goldenloki, e eles ajudaram muito também a moldar esse trabalho todo.

Quais são as inspirações pro álbum novo?

Enquanto compunha eu ouvia muito Title Fight, Adventures, Mineral, I Hate Sex, Eliminadorzinho e o “Boas Pessoas São Feitas de Promessas Incompletas” do Marchioretto. Acho que o fim da PQV inspirou um pouco as composições e o jeito que eu tô lançando esse EP também.

Quais são as histórias por trás das fotos do EP?

As fotos da capa e do vídeo de “Ode” retratam um dos temas do EP, acho que essas canções lidam muito com amadurecimento, com o medo de crescer e finalmente lidar com a vida sem filtro algum. Queria que elas passassem uma história meio “coming of age”, de jovens crescendo e se descobrindo.

Tem algum plano de show/tour em breve?

O primeiro show da Ultraluna com banda vai rolar em julho, junto de artistas que sou muito fã. Não sei se vou conseguir fazer uma turnê tão cedo, porque minha rotina de trabalho é bem justa, mas tenho muita vontade de ir pra Minas e pro interior de São Paulo pela primeira vez.

Tem algum outro músico independente que você gostaria de trabalhar?

Sou muito fã da Lia Kapp, do Weird Fingers, da Ana Paia, do Nymo, do Juma e da Goldenloki, além do pessoal que era da PQV, como a Eliminadorzinho, Quasar, Pelocurto, e todo o pessoal. Pra qualquer coisa que um dia resolverem me chamar eu topo demais.

Agradecemos ao Ultraluna pela entrevista e aguardamos ansiosos pelo disco novo!

Quer saber mais sobre o artista?

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